sábado, 29 de dezembro de 2007

"Wino"

Não quero saber das inúmeras capas de tablóides que já fez. Não me interessa a quantidade de pifos que apanha, muito menos de pós que snifa.

O raio da mulher sabe cantar, e tremem-me os joelhos de cada vez que o faz.

Aquela garra ousadamente incutida na sua voz, a nostalgia das suas músicas simultaneamente tão frescas e o ritmo fogoso, tratam de pôr um bom par de cohones em Amy Winehouse.

As letras sinceras juntam-se às poderosas melodias criando uma harmonia electrizante que me deixou embasbacado desde a primeira vez que a ouvi. Uma reinvenção do soul, por esta new diva tatuada. Vai longe, com toda a certeza.

abreu, com o volume no máximo

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Letras.

Finalmente acabei o tão famoso Monte dos Vendavais. Agora vem a pior parte: fazer o trabalho acerca do mesmo. Primeira dificuldade: escolher entre quatro temas. Segunda dificuldade: saber o que escrever acerca do tema escolhido. Terceira dificuldade: concluir o trabalho. Perante tantas dificuldades acho que vou recorrer a alguém que já tenha lido este piqueno clássico. Sim, porque também preciso de uns esclarecimentos acerca do mesmo.

Livro de mesa de cabeceira: Amor de Perdição de Camilo Castelo Branco. Este promete. Quem já o leu que se acuse.

Zuza, menina de ciências viciada em letras

domingo, 23 de dezembro de 2007

Quase-imortalidade.

Perdi, encontrei, perdi de novo e voltei a encontrar. Na verdade, nunca o perdi, fingi apenas que sim. Fingi, fingi e acreditei na minha própria mentira, acreditei no que queria realmente acreditar... uma pura e agridoce ilusão. É a pressa a falar mais alto! Exijo perder num dia o que vou perdendo no tempo, fruto de circunstâncias. E, enquanto perco no tempo o já ilusoriamente perdido, não me dou conta, classifico-o como passado quando, na verdade, é bem presente. A vontade de encontrar é tão poderosa como a de perder, perdendo-me a mim mesma entre doces e amargos tormentos. E fico assim, presa neste degrau, entre a ilusão e a realidade, perdendo e encontrando o que nunca deveria ter nascido.

Zuza, aprisionada

Numa de anti

Não posso mais com o velho de fato vermelho. A árvore sempre tão verde e artificial já enjoa. As bolas brilhantes e as fitas psicadélicas nem vê-las.

Abdicando das minhas fantasias infantis, para mim o Natal não passa de uma rotina banalmente fútil e repetitivamente saturante. Quero dizer, invejo quem ainda se agarra à tradição moral e festeja a época com paz, amor, carinho e união. Mas quando se está quatro horas no Colombo totalmente sozinho, sem ninguém com quem falar, uma pessoa é obrigada a pensar nisso. Não fossem as centenas de formigas a babarem-se para as montras e a passarem por mim sempre com aquela cara de quem faz contas à vida.

O que ainda se aproveita é a consoada, aquelas poucas horas em que a família se junta para o convívio, para a conversa. A minha faz teatros, musicais ou fantochadas, no sentido literal. São momentos de uma simplicidade marcante, que melhoram a disposição a qualquer um. Claro que tudo se estraga na hora de abrir os presentes. Aí já ninguém quer saber de ninguém, só de si e dos seus embrulhos. Depois vêm os beijinhos, abraços e agradecimentos forçados. São raros os verdadeiros, aqueles merecidos por se ter acertado na 'prenda ideal', essas já foram dadas dias antes.

Época cada vez mais aborrecida, esta. Se quer dar prenda, dá e pronto, não se espera pelo Natal. Assim se vê o sentimento por detrás do objecto. É no momento, não no dia próprio para o efeito.

Ah pois, já me ia esquecendo, Feliz Natal. Ou algo do género.

abreu, grinch wannabe

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Suspiro (?!)

Estou de férias. As tão ansiadas férias, que me esperavam ansiosamente, na ânsia de serem usufruídas. Até ao Verão, as férias passavam também por um estado de espírito, para além de dias marcados no calendário. Eram uma época onde podia ficar literalmente na ronha, no bem bom, sem fazer nenhum.

Hoje, não me sinto de férias. O calendário marca os dias, mas a maturidade é outra e a responsabilidade acrescida. Acordo a pensar na escola, e volto para a cama no mesmo estado.

Hoje não vi televisão.Há muitos meses que isso não acontecia. E para agravar a situação, tive uma quebra de inspiração, o que justifica as semanas sem escrever nada aqui.

O tempo passa a correr e já nem nos permite suspirar...

abreu, ofegante

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

I'm Meredith Grey.

JURO JURO que não fiz de propósito! Um dia chegarei lá, um dia irei às festas de finalistas de Medicina, um dia... !

[Féééérias, tempo para o nosso cantinho!... espero eu!]

Zuza Grey

domingo, 2 de dezembro de 2007

Boa acção do dia

- Boa tarde, quer ter o prazer de contribuir para o Banco Alimentar? Obrigada e bom fim-de-semana.
- Boa tarde, gostaria de dar o seu contributo para o Banco Alimentar? Obrigada.
- Boa tarde, Banco Alimentar, gostaria de contribuir. Não? Fica para a próxima. Obrigada.

Vezes e vezes sem conta a dizer o mesmo. Trocar de posto, carregar e descarregar os carrinhos, buscar mais sacos, dar sacos, apanhar sacos do chão, separar o leite e as garrafas de vidro, sorrir e agradecer sempre, quando merecem e quando não merecem, vestir a camisola, beber água, fome, despir a camisola, comer, vestir a camisola e tudo novamente. Terceira vez para a Zuza, primeira para o Abreu. Mais informações acerca do Banco Alimentar contra a Fome aqui.

«Aproveitar onde sobra para distribuir onde falta.»

Tarde de sábado, que só ficou completa com a vitória do Porto e consequente desilusão minha relativamente ao Benfica. No entanto, tanto me faz como me fez, mas se fosse o Sporting já era outra história.

Zuza, boa tarde, quer ter o prazer de contribuir para o banco alimentar? Obrigada e bom fim-de-semana.

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Delirium

Surreal, a palavra que melhor descreve o espectáculo a que assisti ontem no Pavilhão Atlântico. Pois é, o circo veio à cidade, mas não um circo qualquer.

Cirque du Soleil, com uma obra-prima mágica e surreal, Delirium.

A companhia circense reconhecida mundialmente, veio finalmente a Portugal apresentar Delirium, uma fusão extraordinária de música e acrobacias, sempre com a utilização da tecnologia, da forma mais original possível, como pano de fundo.

Aquilo que parece ser uma viagem no universo dos sonhos, torna-se uma aventura visual e auditiva deliciosamente peculiar. Explora as culturas do mundo a nível rítmico, sem perder a tradição dos circos originais, nomeadamente os saltos acrobáticos, os arcos e as cordas.

Definitivamente, a evolução do circo, que em todo o Mundo ganha cada vez mais adeptos. Só em Portugal, os vários espectáculos esgotaram em poucos dias. Em Abril há mais. O Cirque apresenta Quidam, "uma inesquecível viagem ao mundo da esperança", decerto também não vou perder. Portugal está definitivamente a entrar no roteiro cultural.

abreu, satisfeito e agradado

Cérebro de molho

Cada vez mais ausentes... O streck dos testes ataca, especialmente quando todas as avaliações são feitas no espaço de duas semanas. Pronto, vá, nas férias de Natal compensamos.

Hoje é sexta, saudades. Amanhã as minhocas vão fazer uma boa acção. Depois conto pormenores.

abreu, em ponto de ebulição

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

Pontos nos i's

Parece que sim, parece que tenho andado a descuidar deste precioso blog, desta relíquia. Mas já não estamos em Agosto, e já não parecemos estar (if you know what I mean)... a vida já não é a mesma.


Sintetizando tudo num post só:

# Sabe bem sair de casa e sentir o nariz a congelar. Sabe bem saltar nas poças de água. Sabe bem comprar camisolas de gola alta e utilizá-las com um cachecol. Mas, o que sabe melhor ainda, é ter frio com tudo isso. Sabe bem...

# Existem coisas perfeitas, não existem? A poesia e tudo o que se lhe está associado é uma delas. Noite perfeita, projecto perfeito, espectáculo perfeito. Cada segundo foi perfeito. (quase, vá)

# O tempo passou a correr. As férias de Natal estão quase aí! Já se fala em troca de prendas, cabaz de Natal, árvore de Natal... é o espírito natalício. Ainda ontem era Verão.

# Promessas? Promessas para quê? Mentiras, isso sim, mentiras. Não tolero, são veneno para mim. Caio sempre na mesma armadilha! Aprisiona-me nas suas palavras deixando-me a apodrecer entre memórias e nostalgias. Deve ser o seu passatempo favorito, a ocupação das horas vagas, que, na verdade, poucas ou nenhumas são. Já nem há tempo para promessas, quanto mais para as quebrar. Esgotou-se tudo, ficou apenas vazio. Emigraram para bem longe onde as condições são mais favoráveis e, quando um dia lhe convier, voltará. Quem sabe se não será tarde demais.

# Quem nos rogou uma praga é favor de se acusar e de a desfazer já! Por favor? Anda uma maré de azar cá por casa que é uma coisa doida.

# Leitura de mesa de cabeceira: Monte dos Vendavais de Emily Brontë. Pode-se dizer que vou a meio, mais coisa menos coisa. Recomenda-se aos que gostam de romances.

# Frase a ter em mente: Quanto mais alto se está maior é a queda.


Aproxima-se uma semana de loucos, há que respirar fundo e não perder o controlo. Entretanto aproximam-se também boas experiências que depois passo por cá a contar.

P.S.: Não se esqueçam de contribuir para o projecto tampinhas. Todos sabem o que é, ou deveriam saber, ou, pelo menos, deveriam ter uma ideia. Se alguém precisar de esclarecimentos avise.

Zuza, a dar sinais de vida

sábado, 17 de novembro de 2007

Retalhos #4

« Que podemos nós fazer quando os que têm poder magoam os que não têm nenhum? Para começar, faz-se frente. Faz-se frente e diz-se a verdade. Faz-se frente pelos nossos amigos. Faz-se frente mesmo quando estamos sozinhos. Faz-se frente

North Country
abreu, começando a despoletar

Só cá faltava mais esta!

É de mim, ou aquela nova personagem alusiva ao espiríto natalício adoptada pelo Modelo, é completamente ridícula? Não é que eu tenha nada contra hipópotamos, ou pseudo-popstars que têm mais ar de galdéria do que outra coisa qualquer, ou mesmo a alguém com nome de travesti... Mas tudo junto numa só? É demais, é demais.

abreu, cada vez mais adepto do zapping

sábado, 10 de novembro de 2007

O Outro (censurado por aí)

Vem,
Sem receios,
Arrasta o teu Mundo para junto de mim
Entrelaça-te,
Acaricia-me,
Formaliza o desejo de mim e de ti.

Vem,
De mente aberta,
Desvendar-te-ei a nossa palavra secreta,
Di-la,
Sussurra-a,
Com a devida emoção,
Saberás a seu tempo expressá-la na perfeição.

Vem,
Tenho sede da tua ousadia,
Partilha comigo esta nostalgia,
Mata-a,
Sacia-me,
Priva-me desta agridoce saudade,
Desta lúgubre realidade.

Vem,
Enquanto é tempo,
Mostra-me o mapa do teu subconsciente,
Perde-te,
Encontra-me,
Aprisiona-me nos teus braços,
Nesta cela de paixão omnipresente.

Ora sim, ora não,
Fazes da espera um sofrimento constante,
Matas-me,
Dá-te prazer,
Sabes que sou tua a qualquer instante.

Não venhas,
É tarde demais,
Destruíste todos os meus rastos de esperança,
Uma,
Duas,
Dezenas de oportunidades,
Desperdiçadas, abandonadas
Como se se tratassem de um brinquedo de criança.

Lamenta-te,
Sente o irónico sopro da felicidade.
Devolve-me a alma,
Devolve-me o corpo,
Devolve-me o eu,
Fica apenas com a simples saudade.

Não venhas,
Pára,
Reduz-te à tua medíocre insignificância,
És o Outro,
Apenas e só o Outro,
Acabou a paciência
Esgotou-se a tolerância.

* imagem roubada descaradamente daqui.


Zuza, com a mania que é aprendiz de poeta

sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Retalhos #3

« A cidade está deserta,
E alguém escreveu o teu nome em toda a parte:
Nas casas, nos carros, nas pontes, nas ruas.
Em todo o lado essa palavra
Repetida ao expoente da loucura.
Ora amarga, ora doce!
P'ra nos lembrar que o amor é uma doença,
Quando nele julgamos ver a nossa cura. »

Ornatos Violeta, Ouvi Dizer


abreu, em fase hipocondríaca

Eu (em fases impróprias para consumo)

Olho para ti, olhas para mim
Os teus olhos cravam-se-me na alma isolada
Fazes dela tua serva, tua escrava
Fazes dela uma sereia abandonada

O teu sangue nas minhas veias
Percorre-me com ira e agitação
Sangue gasto, pisado
Vindo do mais puro coração

Os teus ossos nas minhas mãos
Conseguem humanizar-te
Mãos sujas, fracas
Que outrora tentaram matar-te

Olho para ti, olhas para mim
Deitas uma lágrima que me molha a face
Quero sentir-te, magoar-te
Quero que uma linha de sangue em ti se trace

Opostos contraditórios
Eu sou eu, tu és tu
Espelho meu, espelho meu
Porque somos apenas um?

[Coisinhas básicas de amador, parvoíces e afins...]

abreu, a dar um ar da sua graça

domingo, 4 de novembro de 2007

Inocência Perdida

Agarro-me aos grossos e pesados pensamentos que me invadem a cabeça num rodopio constante. Lembranças, memórias, confortos quase de outra vida, facilidades e privilégios outrora meus. Fantasias dinâmicas e coloridas ilustravam o quotidiano do meu ser, ainda com idade de se contar pelos dedos das mãos. Tudo era tão mais belo, simples, alegremente falso e despreocupante. Saudade. Saudade do tempo das batas, da lancheira, de pintar com os dedos, de ser rebelde e ir para a cama às dez da noite, do sorriso forçado no colo do Pai Natal, de estar constipado e ficar em casa, de cantar a tabuada, de pôr o dente debaixo da almofada, de poder entrar nos insufláveis, de dizer a verdade sem ter medo das consequências, de ir para o mar nu, de ser estupidamente feliz.

A infância é um sonho. Vivemo-lo intensamente sempre com o desejo de crescer, mas quando acordamos só queremos voltar a dormir. O passado ainda pulsa intensamente enquanto que o futuro nada é senão mistério.


abreu, que não sabe para que lado se há-de virar

Pontos Finais.

Divertida, leve, simples, com uma discreta ousadia e relevo inesquecível. Trata-se da inteligente comédia Stranger Than Fiction. Uma história tão natural como a própria vida, sem grandes dramas e enredos, apenas o retrato rotineiro do ser humano em todo o seu esplendor.

«Numa manhã igual a tantas outras, Harold Crick, um solitário e discreto fiscal de impostos, começa a ouvir uma voz feminina narrar todas as suas acções com uma precisão assustadora. A outrora pacata e controlada vida de Harold vai deixando de ser pacata e muito menos controlada à medida que a voz - que só Harold consegue ouvir - vai narrando todos os acontecimentos do seu dia-a-dia. Até que, subitamente, a "voz" anuncia a morte iminente de Harold. Estupefacto e assustado, Harold apercebe-se que a única solução é tentar encontrar a pessoa que está a escrever a sua história e convencé-la a rescrever o final. Um divertido e apaixonante filme sobre a vida, sobre o amor, sobre a morte... e sobre os impostos.»

É de salientar a caricata - no entanto perfeitamente humana - personagem principal interpretada por Will Ferrel que não traz para este filme a bagagem das suas comédias mais físicas e algo ridículas. O restante elenco - Maggie Gyllenhaal, Emma Thompson, Dustin Hoffman e Queen Latifah - vêm apenas acrescentar o sério humor que caracteriza o argumento.

Em 10, seguramente um 10. Porque existem mais pontos sem ser o final.

abreu, uma história ainda a começar...

sábado, 3 de novembro de 2007

Mais um dedo na ferida.

Ponte, 2 de Novembro. Cinema. Corrupção, o filme inspirado no livro Eu, Carolina.

Superou, de todo, as minhas expectativas. Não vale a pena contar a história porque é do conhecimento de todos ou, pelo menos, deveria ser. Não pensei que estivesse tão fiel, tão explicito e detalhado. É um filme que vai gerar polémica. A actriz Margarida Vila-Nova desempenhou o papel de Sofia (Carolina Salgado), e como boa actriz que é, deixou-me sem palavras quanto à sua actuação. Foi realmente do outro Mundo.

A sensação de ver o filme, ver passagens do mesmo e recordar os telejornais a relatar a agressão deste, a fuga daquele, é arrepiante. Até mesmo a capa do livro, que no fim é editado, é idêntica. A fotografia de Margarida Vila-Nova captou perfeitamente os traços da original. Apenas mudou o título, obviamente. Vejam, vejam que vale a pena.

Gostei particularmente de uma parte no final em que ela pergunta algo do género: «E agora? Agora o que é que eu faço com a minha vida?» (Após a relação se começar a desmoronar.) Ao que ele responde: «Olha, escreve um livro!» E daí surgiu o livro Eu, Sofia.

* na imagem: Nicolau Breyner a representar Pinto da Costa e Margarida Vila-Nova a representar Carolina Salgado.


Eu, Zuza

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Europe Music Awards 2007

Desta vez em Munique, na Alemanha. Concordo com uns, discordo com outros. Apesar de muitas das bandas/artistas nomeadas não fazerem o meu género de música, é sempre bom saber quem são os melhores (dos piores, claro está).

Rock Out - 30 seconds to Mars. Concordo, atendendo aos outros nomeados. Foi bem merecido, ao contrário do que Jared disse.

Ultimate Urban - Rihanna. Não me vou pronunciar acerca desta categoria nem acerca da vencedora. Venha o diabo e escolha.

Band - Linkin Park. Não gosto, ponto final. Penso que fazia melhor proveito se tivessem sido os Good Charlotte a ganhar, no entanto, idem idem da categoria anterior.

Most Addictive Track - Avril Lavigne, "Girlfriend". Discordo. A que me fica mais no ouvido e que me deixa a cantá-la o resto do dia, depois de ouvi-la no iPod do sr. Abreu, mesmo sem ser nada por aí além, é a Grace Kelly do Mika.

Headliner - Muse. Aqui fico dividida. Tanto Arctic Monkeys como Muse têm uma excelente performance em palco, no entanto, a minha opinião descai para o lado dos Arctic Monkeys, talvez por serem aqueles que melhor conheço.

Album - Nelly Furtado, "Loose". Não sei, não conheço, não oiço. Mas ganhou, e é portuguesa, o que me leva a concordar. Sim, eu sei que não estou a avaliar musicalmente, mas desconhecendo ou desgostando, segue-se a Pátria.

Solo - Avril Lavigne. Admito, já gostei, já fui grande fã, pretérito perfeito. Discordo, e se tivesse votado, seria na Christina Aguilera. Por exclusão de partes, obviamente.

Inter Act - Tokio Hotel. Já estou a imaginar as pitas pseudo-emos a votarem desesperadamente na sua banda do coração. Descobri há pouco tempo que a vocalista afinal é o vocalista. Devo viver muito a leste deste Mundo, só pode. Para mim, os verdadeiros vencedores seriam os Depeche Mode.

New Sound of Europe - Bedwetters. Como a categoria indica, são novidade. E como novidades musicais não são comigo, visto que não oiço CidadeFM, mas sim M80 e não vejo MTV mas sim VH1, não concordo nem discordo, é-me indiferente.

Artista Português - Da Weasel. Concordo, concordo e concordo! Gosto, oiço quando me dá para isso e, em concerto, são fenomenais. Prémio merecido, e bem merecido, sem dúvida.

Video Star - Justice, "Dance". Videoclips não são de todo comigo, desconheço a maioria deles. Portanto esta categoria passa-me ao lado.

Falta apenas a categoria Knocked Out, mas não faço a mais pálida ideia de quem é que arrecadou o prémio.

Segundo dia de fim-de-semana prolongado. Sabe tão, tão bem!


Zuza, a própria

quinta-feira, 1 de novembro de 2007

Pseudo-ressaca

Junta-se uns trapinhos, rasga-se outros e seja o que Deus quiser. Dancei como nunca tinha dançado e abanei-me como nunca me tinha abanado. Dos bailaricos da pimbalhice aos kuduros, só as virilhas é que sofrem. Gritos, sustos, risos e gargalhadas, personagens irreais substituem os nossos conhecidos. Come-se, bebe-se (suminho), e vai-se dançar novamente. O tradicional filme de terror sempre presente, juntamente com as pipocas voadoras, é o momento mais calmo da noite. Lá para o fim, ainda se dá o desfile e, depois disso, a música continua até tudo ficar deserto. Para mim, o melhor dia do ano.

.abreu.

segunda-feira, 29 de outubro de 2007

10 Constatações

1ª, Estou mais gorda. O que é mau, acho que chegou a hora de cortar nos chocolates. Aii, que tédio.

2ª, Já estalo os dedos com maior frequência. E vários ao mesmo tempo. É mau, muito mau. Mais tarde, quando me casar, irei querer por uma aliança que me fique justa ao dedo e não posso porque não passa na dobradiça do mesmo.

3ª, Os meus bolos saem sempre bem feitos. E fazem as delicias da casa e arredores.

4ª, Quando nos esquecemos do telemóvel em casa é quando realmente precisamos dele. Irra...

5ª, O ano corre-me bem. Quero, posso e mando. Como dizia o post anterior, trabalho e amor.

6ª, Basta um passo para que o ódio passe a amor. Tenho provas. É fascinante...

7ª, Não faço a mínima ideia do que vestir para uma festa de Halloween. Aceitam-se sugestões que façam uso de métodos caseiros.

8ª, As palmas sabem-nos sempre bem. Melodia para os meus ouvidos...

9ª, Tudo tem um fim. Até mesmo o que parece ser eterno. As promessas, os momentos bem passados... No entanto fica sempre um rasto, duas ou três pegadas. Uma pitada de esperança, um até já, até um dia destes.

10ª, última, e não menos importante. Perdi 30 minutos do meu precioso tempo de estudo de Matemática para escrever este post e fazer a manutenção do blog. Portanto, vou indo que se faz tarde e ouvi dizer que amanhã há teste. Inté!

P.S.1: Ah, parece que o contador já contabilizou mais de 2000 visitas. Ena pá...
P.S.2: Aproxima-se um fim-de-semana prolongado. Iupi!
P.S.3: A 7ª constatação é para ter em atenção.


Zuza, a própria

domingo, 28 de outubro de 2007

Retalhos #2

« - Quantos anos tem? - perguntou o médico.
Aquilo estava a ficar ridículo. Tinha de ajudá-lo. Mesmo que não acreditasse, talvez me achasse pelo menos divertido.
- Acho que devo ter uns trezentos de oitenta e sete anos.
- E conhece mais alguém que tenha chegado a essa idade?
- Só o meu galgo, o Pedro.
- O seu cão?
- Exactamente.
O médico, espantosamente, não parecia surpreso com as minhas afirmações, e eu fiquei impressionado com a calma dele.
- E tem ideia do motivo? - perguntou gentilmente.
- Não sei. Tudo o que sei é que parece que estamos a viajar pelo mundo em busca de amor e chocolate, e que talvez nunca cheguemos a envelhecer ou a ter paz.
- O seu pulso, com certeza, é lento...
- Como a minha vida. Não posso viver como os outros.
- Acha que está condenado a viver eternamente?
- Acho que deve ser isso.
O médico parou um instante, olhando para longe. Virei-me para ver se ele ainda estava a ouvir-me e, finalmente, vi os olhos dele.
A sua concentração e intensidade eram tremendas.
- Só se pode estar preparado para a vida preparando-se para a morte. Se a ameaça de morte é eliminada, então a vida deixa de ter sentido.
- Talvez seja assim para si, mas para mim é doloroso. Já não sei qual é o objectivo da minha busca.
- Sente que está em busca de alguma coisa?
- Foi assim que começou a minha aventura.
- Conte-me a sua história. A busca é importante.
- Pode levar dias, semanas, até anos.
- Por favor - disse o médico - acho que posso ajudá-lo...
- De que maneira?
- Também sou uma espécie de conquistador - continuou solenemente. - Mas as minhas viagens talvez tenham sido para regiões mais longínquas...
- Onde esteve?
- Em toda parte e em lugar nenhum. A minha aventura é a busca dos tesouros da mente.
- Já não aconselho as aventuras - respondi, pensando em todos os transtornos que me causaram.
- Pelo contrário. Acho que devemos enfrentar os nossos medos. Não existe terra mais estranha do que a mente humana.
- E nenhuma tão aterradora.

(...)

- Diga-me - perguntou um dia, - sobre o que sonha?
- Às vezes, não sei se estou a sonhar ou a viver a minha vida - respondi. - Sinto-me como se fosse um homem que teve um sonho no qual sonhava que estava a sonhar.
- Continue.
- Não posso garantir que tudo seja real. Às vezes, sinto que já estive em certos lugares, mas não sei como, quando ou porquê. Fico com a impressão de já ter vivido esta parte da minha vida, mas nada posso fazer para impedir que aconteça novamente.
- Muitas vezes estamos condenados a repetir...
- O que posso fazer? Acredita em mim?
- Acredito que não faz diferença se a sua vida é uma fantasia ou realidade. Ela é real para si.

(...)

- Alguma vez sentiu ter tendências divinas? Que pudesse ser um tipo de super-homem ou uma espécie de Cristo?
- Não, não - respondi. - Está tudo errado. Não é nada disso. Além do mais cheguei à conclusão de que Deus não existe. Como pode existir quando há tento sofrimento sem propósito?
- Concordo - exclamou o médico com entusiasmo, e a nossa conversa foi ficando mais animada. - Deus foi inventado pela civilização como consolo para a esmagadora força da natureza.
- Não podemos tolerar a ideia a nossa extinção - disse eu rapidamente, voltando ao meu assunto. - Então, criamos outro mundo, outro palco para a nossa jornada. Não vemos o universo como ele é, mas como queríamos que ele fosse.
- É a nossa fuga ao caos da história.
- Esperamos por uma vida melhor, para além desta - disse eu.
- Que não existe - disse o médico, com firmeza.
- Não, não acredito que exista, assim como também não creio que exista um criador benevolente agindo sobre o Universo - concordei.
Finalmente, ali estava um homem que me compreendia, e a nossa conversa continuou num ritmo acelerado, como se ali nos fosse permitido expressar o que não podia ser dito sem chocar a refinada sociedade de Viena.
- Deus foi criado para afastar o tormento da morte. Mas se se afasta Deus....
- Ter-se-á que aceitar a morte em troca - disse eu.
- Exactamente - respondeu o médico. - Agora estamos a chegar a algum lado. Pois isso é o que você não consegue fazer. É esse o seu problema, a sua neurose. Você nega-se a aceitar a morte.
- No entanto, acredito realmente que não consigo morrer e que tenho que suportar uma vida miserável, condenado, como o judeu errante, a vaguear pela mundo para sempre.
- Você é um homem fora do comum - comentou o médico.
- Não - afirmei - não sou. Sinto que sou uma pessoa tremendamente comum que por acaso tem um atributo especial. Não me sinto superior às outras pessoas, mas apenas distante delas.
- Por não poder morrer?
- Exactamente. Poderia viver egoistamente, voltado inteiramente para o meu prazer.
- E o que o impede de fazer isso?
- Acho que não se pode levar uma vida exclusivamente hedonística. O prazer passa, morre, mesmo que eu não morra - respondi.
- Mas para outros seres humanos, o prazer parece ser uma corrida impetuosa para a morte.
- Sim - respondi. - É quase como se houvesse pessoas com um instinto para a morte. Porque, sem a vontade de morrer, não há vontade de viver.
- E sem morte não haveria filosofia.
- Então, o que é a felicidade? - perguntei francamente.
- Não sei - disse o médico, à medida que o ritmo da nossa conversa finalmente diminuía.
- Achei que você, que viveu tanto tempo, me pudesse dizer.
- Talvez a arte de viver seja exactamente a compreensão de que um dia vamos morrer.
O médico balançou a cabeça solenemente.
- E isso é parte da nossa felicidade? - perguntou.
- Deve ser - respondi. - Não podemos ser felizes sem a compreensão ou a antecipação da morte.
- Também tenho pensado nessas coisas - disse o médico. - A nossa única satisfação nesta vida não passa de um prazer passageiro. Parecemos amar o efémero. A morte é a única coisa permanente.
Ele levantou-se e caminhou até à janela.
- E já que não temos esperança de um sucesso duradouro - concluiu - precisamos de aprender a viver com o desespero. Mas, diga-me, onde é que encontra consolo?
- Viajo. Aperfeiçoei a arte de fabricar chocolate. Tiro consolo de onde posso.
- Não há nada de errado com o chocolate. Dá muito prazer.
- Faz-me lembrar o meu amor que perdi e que não consigo reencontrar.

(...)

- Todos os sonhos são assim tão claros para si? - perguntei.
- Não, nem todos. E, no seu caso, muitas vezes eles são confusos por causa da longa duração da sua vida e da complexidade das suas lembranças. Mas, diga-me, também deve sentir-se entediado pelo quotidiano já que a sua vida passa tão lentamente, não é?
- Devo confessar que é impossível exprimir o meu tédio. Não é fácil sentir-se vivo quando a vida não tem pressa.
- Então você precisa de trabalhar. Talvez escrever sobre as suas experiências para preservar as suas lembranças e encontrar sentido nelas. Porque a sua tarefa é, certamente, compreender alguma coisa dos enigmas do mundo e tentar contribuir para a sua solução.
Ele tocou a campainha para mandar buscar o meu casaco, porque a lógica da nossa conversa parecia não ter futuro.
- Embora me compadeça de si - o médico consolou-me - só posso sugerir que continue a procurar o sentido da vida.
- Isso não leva a lugar nenhum.
- Não pode viver retroactivamente. Tem que andar para a frente, ocupando o seu lugar no desenvolvimento da nossa espécie, e então, talvez a morte sobrevenha. Precisa de viver tudo o que puder. Viver, comer, amar, sofrer e esperar pela morte.
- Mas eu não posso fazer essas coisas como os outros homens - disse eu, vestindo o casaco.
- Pode.
- Não, não posso. Porque parece que não posso amar e não posso morrer - disse eu, quase a chorar.
O médico confortou-me, colocando um braço em volta dos meus ombros.- Tem a certeza disso? Não se sente mais velho do que era?
- É tão difícil sabe verdadeiramente o que sinto.
Os meus olhos encheram-se de lágrimas.
- Talvez esteja simplesmente destinado a viver a sua vida a um ritmo diferente. O seu sofrimento não é tanto pela eternidade, mas pela lentidão. Você vive sob uma sombra maior do que os outros, mas o fim virá com certeza. Tem que vir.
- Mas o que farei até lá?
- Precisa de trabalhar e amar. Trabalho e amor. São os únicos guias que temos. Sem eles, a mente adoece. »

O Segredo do Chocolate, James Runcie

Zuza, a própria

Sim, em vez de estudar escrevo posts, porquê?

Roer unhas. Mexer e remexer nos cabelos até eles caírem. Inspirar e expirar a um ritmo descontrolado. Riscar folhas com esferográfica. Gritar para a almofada. Pisar os livros. Nervosismo. Irritação. Stress. E depois... alívio.

Odeio épocas de testes.

(bom bom é o feriado e a ponte que se avizinham)


.abreu.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Retalhos #1

Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar

«O Filósofo do rei, quando não tinha que fazer, ia sentar-se ao pé de mim, a ver-me passajar as peúgas dos pajens, e às vezes dava-lhe para filosofar, dizia que todo o homem é uma ilha, eu, como aquilo não era comigo, visto que sou mulher, não lhe dava importância, tu que achas, Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós, Se não saímos de nós próprios, queres tu dizer, Não é a mesma coisa.»

José Saramago, Conto da Ilha Desconhecida

Zuza, a própria

Giudizio

Se nós não queremos que venha uma estudante da Sicília para nossa casa, e quando se vai embora temos saudades dela, de quem é a culpa? Do karma, o estúpido do karma.

Odeio-me a mim mesmo por não ter aproveitado ao máximo. Mania que sou anti-social, e depois dá nisto. Apesar de só ter sido uma semana, chegou para abrir horizontes, conhecer outras culturas, hábitos e vidas.

Foi bom, queria mais, mas no fim, só mesmo saudade.

.abreu.

domingo, 21 de outubro de 2007

Non Dejá vú

Há um ano atrás, estava eu por esta altura a comprar castanhas com a minha mãe na praça aqui da zona, ao sábado de manhã, com uma gabardina, botas de borracha e chapéu de chuva aberto. A cada passo punha o pé numa poça de água. O cheiro a castanha assada dançava no ar. E lá ia eu comprar meia dúzia delas.

Este ano, ao sábado de manhã, vou à praia. Torro ao Sol, dou uns dois ou três mergulhos na água e como um gelado.

Assim de repente não me ocorre nada de estranho...

(Peço desculpa por esta ausência, mas esta foi uma semana complicada e atarefada. Para mim foi uma semana de internacionalidade. Portugal, Itália e Alemanha. O meu querido Abreu amanhã fala-vos relativamente a Itália, hoje está a afogar as suas mágoas em Nutella.)

Zuza ^^

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Parece que alguém quebrou as regras

James Watson, distinguido com o Prémio Nobel da Medicina em 1962, diz que os brancos são mais inteligentes que os negros, aqui.

Não sou racista, mas não acho esta teoria tão descabida como se julga. Se os negros têm geralmente mais atributos físicos que os brancos porque é que os brancos não podem eventualmente ser mais inteligentes?

Convém não generalizar, porque aí é que está o grande problema. Com esta teoria, há sempre tendência a generalizar, mas assim como existem brancos mais fisicamente dotados do que alguns negros, é óbvio que poderão também existir negros mais inteligentes que muitos brancos.

Tem tudo a ver com a origem das duas raças. Não surgiram ambas no mesmo lugar da Terra, não tiveram de sofrer as mesmas adaptações. Foi o rumo que a cultura e os hábitos de cada povo tomou que decidiu, por assim dizer, as capacidades de cada um. E é isso que torna a raça humana tão distinta, a cultura e os hábitos.

Claro que esta teoria vai levantar uma grande polémica, porque com certeza que a raça branca se vai assumir como superior à raça negra (como antigamente).

É politicamente incorrecta esta teoria? É. É totalmente descabida e sem fundamento? Na minha opinião, não.

Relativamente ao ultimo paragrafo, aí sim, já estou em desacordo. Homossexual ou não, tem o direito de viver como todos os outros. É a lei da vida, não somos todos iguais. Se todos gostássemos do amarelo o que seria do verde?


Zuza ^^

domingo, 14 de outubro de 2007

Cinco em um

Porque este foi um mês de estreias, e, como não havia nada para estudar, obviamente não perdi nenhuma. As que mais gostei:

5º Ugly Betty

Possivelmente muita gente tem vontade de me apredejar neste momento por andar aqui a dizer estas coisas. Eu gosto. É divertida, leve e colorida. Spoiler: a Betty não é feia. Alguém se anda a esforçar demasiado para a personagem andar mal vestida, no entanto, há gente bem pior. MAS BEM PIOR. (experimentem ir ao armário com a luz desligada, pelo que vejo na rua, é o que muita gente faz)

A história de uma rapariga latino-americana atrapalhada e feia, mas inteligente e generosa. As lentes enormes e o aparelho nos dentes complicam bastante o seu aspecto, tornando particularmente difícil a sobrevivência no local de trabalho. Betty é secretária numa revista de moda e vive rodeada de pessoas bonitas, que colocam a aparência em primeiro plano.

4º Numb3rs

Confesso que estou um pouco desiludido com esta série. Expectativas demasiado altas dá nisto. O conceito é fenomenal, mas a passagem para o ecrã está um pouco seca e vazia. Mesmo assim, na minha humilde opinião, é boa.

Um dedicado agente do FBI, Don Eppes, é totalmente diferente do seu irmão mais novo, Charlie Eppes, um brilhante matemático que quer impressionar o irmão mais velho. Mas juntos resolvem os mais perturbadores casos criminais, segundo a perspectiva de cada um.

3º Arrested Development

Hilariante. Como pode a ridicularidade de uma família ser tão divertida? Ideia no mínimo original, personagens cativantes e patetas que me colam ao ecrã. Vi 6 episódios seguidinhos e ainda quis mais. (Portia de Rossi no seu melhor - amo aquela mulher)

Michael Bluth é obrigado a ficar em Orange County, para gerir a imobiliária do pai que foi preso. Enquanto George passa um ano na cadeia a descobrir o judaísmo, Michael tem que remendar os estragos da família e educar o filho de 14 anos.

2º Dexter

Arrepiante. Só o genérico me eriçou os pêlos da nuca quanto mais o resto do episódio. Os meus parabéns a Michael C. Hall que faz um excelente trabalho na interpretação de duas personagens tão distintas. (o raio do homem assusta-me quando fica a olhar fixamente para a câmara)

Aparentemente, Dexter é um homem bom e charmoso. Durante o dia, é um especialista de sangue que trabalha na Divisão de Homicídios do Departamento de Polícia de Miami. Mas à noite é um serial killer, que mata aqueles que conseguiram escapar à polícia.

and the winner is...

1º Heroes

Oh My God! Que série... Há muito tempo que não gritava para a televisão quando o episódio acabava e ficava numa deseperada ignorância. A melhor das melhores, sem dúvida.

Várias pessoas, que têm poderes extraordinários, tentam lidar da melhor forma com a condição de super heróis.

E pronto, sei que algumas destas séries já cá passaram, mas como eu tento afastar-me o mais possível da televisão nacional (por razões indicadas nos posts abaixo, entre outras...), não tive a oportunidade de as seguir, facto que vou conseguir agora que passam em canais que de sensacionalistas e idiotas têm muito pouco.

.abreu.

Um dia com a TVI.

10:15 - Você na TV! (Com o mítico par: o machão Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira.)

14:00 - As Tardes da Júlia (Apresentado pela Júlia Pinheiro com histórias mega tristes e comoventes e com aquele cenário super cor-de-rosa.)

17:00 - Quem Quer Ganha (Apresentado por Iva Domingues, e com concorrentes muito dotados de aquilo a que vulgarmente se chama de inteligência.)

18:20 - Morangos com Açúcar (Em que o elenco é composto por actores e actrizes que representam muito bem, nada fúteis, e que dão à historia um desenrolar emocionante e fascinante.)

21:15 - Os Batanetes (Anedotas de grande qualidade capazes de provocar valentes gargalhadas.)

21:45 - Cantando e Dançando por um Casamento de Sonho (Qual Big Brother, qual Quinta das Celebridades, qual Bela e o Mestre. Casamento de Sonho é que é!)

03:15 - Toca a Ganhar (Um programa com uma grande audiência, em que as chamadas são tantas que tem de haver um selecção intensiva. Mas qual Fiel ou Infiel, qual Ab...sexo qual quê? Toca a Ganhar é que é. Um programa em que a apresentadora manda os seus espectadores irem fazer sexo, apesar de uma forma rude.)

...

Como é possível mantermos a nossa (in)sanidade mental quando existe um canal como a TVI que insiste em transmitir programas tão didácticos (cof, cof) como estes? É dose e tem que se lhe diga.

Espero que todos vocês tenham percebido que este post está repleto de ironia, porque afinal Chiquititas, Floribela e Familia SuperStar é que têm aquele toque e aquele timbre especial.

(Repararam como consegui reunir o nome de todos os espectaculares programas da TVI num só post? Como é possivel caber tanta realeza junta? Fica a questão no ar... Se por acaso me esqueci de algum, por favor não hesites em contactar-me. É óbvio que não me pus aqui a enumerar as fenomenais telenovelas de TVI, seria o descalabro total.)


Zuza ^^

Mereceu, pois.

O Mundo está a mudar. Sempre esteve e sempre estará. Somos criaturas de hábitos, no entanto a Vida em si não o é. Está numa mudança constante, num frenesim lento e penoso. No entanto, não sentimos essas mudanças, pois somos criaturas de hábitos. Mas, e se forem os nossos hábitos a criar mudança? A criar ameaças à sua própria existência, ameaças que não sentimos, aliás, ameaças que não queremos sentir? Quem nos vai gritar ao ouvido, atirar-nos com o balde de água fria, se teimamos em virar a cara e fingir que não é nada connosco?


Al Gore.

O único com tomates para dizer ao mundo que a nossa Vida corre perigo. E, por ter acordado tantos milhares, mereceu com todo o mérito possível, o Prémio Nobel da Paz.

Espero que continue o seu excelente trabalho e que sensibilize muitos mais. Não pode parar, pois o Mundo é uma constante mudança...

.abreu.

sábado, 13 de outubro de 2007

Poesias de Cá #1

Deambulando por aí, vou encontrado estas jóias escritas no nosso português, aqui vai a primeira:

A Defesa do Poeta

Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo, um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto

Sou um vestíbulo do impossível, um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim

Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria contente
na maquineta dos felizes

Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei

Senhores professores que pusestes
a prémio a minha rara edição
de raptar-me em criança que salvo
do incêndio da vossa lição

Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis

Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além

Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs por ordem?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem?

Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa

Sou uma imprudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
Ó subalimentados do sonho!
a poesia é para comer.

Natália Correia

Dois últimos versos arrepiantes, um tesouro escondido que eu tive o privilégio de descobrir.

.abreu.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Três Suspiros.

Acho que As Tardes da Júlia até podiam ser um programa aceitável, se não fossem nem à tarde nem com a Júlia Pinheiro. De resto não tenho razão de queixa...

Hoje, na aula de História, tive a ligeira sensação que já ninguém fala da Floribella.

Se tenho pena de alguém no estranho mundo da TVI, é da mulher do Toca a Ganhar. Metade das audiências do programa é gente que se ri na cara da coitada, a outra metade são homens. (o que dá um total de seis pessoas - mais coisa menos coisa)

.abreu.

Então, mas ...

... primeiro a culpa não era dos McCann. Depois as suspeitas recaíram sobre os pais sendo então constituídos arguidos. Para complicar Gerry afinal pode não ser o verdadeiro pai de Maddie, conclusões retiradas dos testes de ADN. Mais tarde o mesmo vem a publico desmentir esta insinuação e dizer que é mesmo pai biológico da menina (tantas certezas, tantas certezas...). Neste momento acreditam que a criança possa ter sido raptada por um pedófilo levando a policia judiciária a lançar a maior operação contra pedófilos já vista no país.

Se eu antes já não percebia muito, então agora não percebo mesmo nada. Espero que as autoridades não estejam como eu, às aranhas.

Anyway, este assunto já enjoa um bocadinho. Pela quantidade de reviravoltas que a investigação já deu, a corda deve estar cheia de nós.


Zuza ^^

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Thinking Blogger Award

Sinto-me como uma mãe que vê o primeiro dente do seu filho a nascer, ou o vê a dar o primeiro passo. Recebemos o nosso primeiro prémio, atribuído pela Calapitcha - Thinking Blogger Award. Desde já obrigada!

\me abre o envelope para anunciar os 5 blog's contemplados com este prémio

(Peço desculpa se vou nomear algum que já tenha sido nomeado, mas não faço a mais pálida ideia de quem é que já possui este prémio!)

- Bucket of Ilusions (Leio, releio, e sonho um dia escrever assim.)
- Simplicidade Complexa (Palavras para quê? Amor em tudo o que é post!)
- Reticências e outros etceteras (Cada post, um segredo.)
- A Psique mudou de ideias (A prova de que uma simples imagem vale muito mais do que mil palavras.)
- O Da Joana (Como não poderia deixar de ser. Ás vezes fecho a página a pensar: como é que alguém pode ser tão criativo?!)

(Os cinco nomeados não têm ordem alguma. É pena que apenas possamos nomear cinco, caso contrário punha aqui mais uma catrefada deles.)

Agora, tu que foste nomeada/o por mim, tens o dever de fazer um post a nomear os próximos 5 contemplados, indicando quem te nomeou (eu, portanto).


Zuzuuu ^^

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Isto é um não-post...

... 100 interesse. É o lixo não-reciclável expelido da minha mente. 100 imagem.

A Bela Adormecida esteve a dormir durante 100 anos até que o Príncipe a despertou. Durante a Idade Média ocorreu a chamada Guerra dos 100 anos. Além dos 100 anos não têm mais nada em comum, mas achei importante referi-lo. Vendo bem não têm mesmo nada em comum. A guerra demorou ao certo 116 anos. Portanto foi uma referência desnecessária e completamente inútil.

100 sentido.

Assim como este post.

Mas, visto a Bela Adormecida ter estado adormecida durante 100 anos, como é que ao fim desses 100 anos ela acorda com o cérebro a funcionar a 100%? E aceita 100 pensar minimamente a proposta de casamento do príncipe? Lá está, não estava bem a 100%. E de uma perspectiva conservadora, o príncipe é um homem 100 vergonha. Beijá-la assim 100 mais nem menos, ainda por cima estando ela a dormir? Estranho.

Estúpido.

Assim como este post.

Adormecida durante 100 anos? 100 anos de solidão? (Foi só para dar uma de inteligente e fazer referencia ao livro de Gabriel Garcia Marquez) Adormeceu aos 16, acordou com 116 e com a jovialidade de uma adolescente? Deve ser para as criancinhas acharem que têm de se deitar cedo e dormir o tempo suficiente para aos 100 anos estarem 100 rugas, 100 precisarem de operações plásticas.

Viciantes. (Que o diga a Betty.)

Assim como este post e o raio do número 100.

Cá para nós, isto é uma forma de persuadir as crianças. Elas acham que vão ficar bonitinhas para sempre. E como se querem deitar cedo, necessitam de uma historia. Então lá vão os pais ler a história do coelhinho que só sabia contar até 100 pela centésima vez, 100 vontade. Ao fim de 100 segundos já a criancinha dorme e a mãe pode ir ter com o seu marido à cama praticar o exercício da noite.

100 flexões e uns 100 dias depois (mais coisa menos coisa) já lá está outro. E o ciclo repete-se centenas de vezes, durante centenas de dias. E em vez de se repetir a história 100 vezes em 100 dias, a mesma é repetida 2 x 100 vezes nos mesmos 100 dias.

Ai, como eu gosto de números. E estou incapaz de parar de escrever. Força Zuza, força!

E a probabilidade de alguém ter chegado até ao fim deste post é quase nula. Até um centavo vale mais do que isto. Se estás a ler isto, provavelmente já estás 100 paciência. Se estás à espera de algo com piada, é melhor moveres o rato até ao canto superior direito da tua janela e carregares no X. Aqui não existem piadas interessantes.

Nem piadas desinteressantes.

100 interesse.

Aproveito para referir que tenho uma pancada por moedas de um cêntimo e faço colecção das mesmas. Quando atingir as 100 moedas venho cá informar-vos.

By the way,100 anos este post nunca teria sentido, aliás, este post não tem sentido, e daqui a 100 anos é pouco provável que venha a ter. Sentido zero, 100% imbecil e fora de contexto. 100 piada.

Acho que vou acabar por aqui. Visto já ter esgotado toda a minha estupidez, cof, uma centésima parte vá. Ela é bem pior que isto.

Portanto, é agora. Não tenho mais nada de racional a dizer.

De irracional também não.

Não.

Nada que seja importante de referir. O mais importante já foi referido: A Bela Adormecida, a Guerra dos 100 anos, os 100 anos de Solidão.

Sim, é agora.

Ponto final.

\me revira os olhos, olha para os pés, assobia, olha para o relógio.

Ok, afinal são dois pontos, alinhados verticalmente: POST 100! (Como se ninguém tivesse percebido ainda!)

Agora sim,

Zuzuuu ^^

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Third Act's Finale

É triste. Comovente. Esperançoso. Genial.

Se tivesse sido o final da série, ia logo aos States esquartejar alguém. Mas foi só a terceira temporada que acabou. Grey's Anatomy é de longe a melhor das melhores. Três vivas à tal Shonda Rhimes por se ter lembrado de algo assim.

George e Callie estão no seu melhor: ela é promovida e ambos decidem ter um bebé. Até que os resultados do internato chegam e George é o único a chumbar. Izzie finalmente declara-se a George mas este... nada. Cristina e Burke iam casar, até este perceber que se realmente a amasse nunca lhe obrigaria a passar por tal coisa (no final quando Cristina se apercebe que Burke não volta e entra em desespero está simplesmente fenomenal - Sandra Oh é a cereja no topo do bolo). Karev diz a Ava, ou Rebecca, que deve prosseguir com a sua vida e ficar com o marido, tendo perfeita consciência que está apaixonado por ela. No final arrepende-se mas já é tarde de demais. Shepherd espera, e desespera. Meredith continua indecisa, incapaz de avançar. Nada corre bem para ninguém, e eu quero a quarta temporada rápido ou vou começar a fazer birra.


Gostei de ver uma amostrazinha das novas personagens. Principalmente a que apanhou George de surpresa, e confesso que a mim também. Agora amuei e não vou dizer quem é, vissem o episódio. Não vejo a hora da estreia...

.abreu.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Gato Fedorento Strikes Again

Fraquinho. De 0 a 10 dou-lhe, 1,75.

1 pelo cromo, perdão, Malta Gira que tentou cantar (?!) sem abrir a boca. Não cheguei a perceber se era suposto ele proferir palavras como as pessoas racionais ou se o objectivo era apenas emitir sons que nem um cavalo, ainda que com um certo ritmo (?!). Sem banda. E com dança.

Abichanada. Será que ele hoje em dia já é um dançarino de sucesso?

Por momentos trouxe-me à memória as Tardes da Júlia e a voz da mesma (*medo*). Foi a única parte do programa em que soltei uma gargalhada (é de salientar que sendo um tesourinho deprimente, não é da autoria do Gato Fedorento, o que lhes tira todo o mérito da minha gargalhada).

Os restantes 0,75 pertencem á Vanessa Fernandes, essa grande tri-atleta portuguesa. Por que não um número inteiro, tipo 1? - Perguntam vocês. Porque lhe faltou ali qualquer coisa.

A piada.

Alguém, para além de mim, reparou num infiltrado a cantar a música final? (O 2º a contar do fim, se não me engano.) Para além do equipamento, algo mais era português ali? Isto era o menos, porque se bem vi, ele abria esporadicamente a boca para emitir alguns grunhidos. Onomatopeias. Sílabas vá. Decorar a letra da musica? Para quê? É tão complicada... Pergunto-me se saberá ao menos falar português. De Portugal.

* Tesourinho Deprimente.


Zuzuuu ^^

domingo, 7 de outubro de 2007

Harry Potter e a Tradução Rasca Feita Por Pessoas Que Percebem Tanto de Traduções Como Eu Percebo da Reprodução de Alforrecas

Quero pôr por escrito a minha oposição à tradução de Deathly Hallows para Talismãs da Morte. Relíquias da Morte faz muito mais sentido, e já nao parecia que o rapaz ia brincar com bijuteria.

Traduções portuguesas são do pior que há. Desde nas legendas do filme Hairspray substituirem "rolecall" por "Bora daí conhecer", até ao filme Knocked Up ser em português Um Azar do Caraças (Oh God...)

Fora isso, mal posso esperar por 16 de Novembro, pois aí já ninguem tem razões para gritar comigo em plena Fnac porque lhes disse como acabava o raio da história!

.abreu.

Os mistérios dos V's

Remember, remember the fifth of November,

The gunpowder, treason and plot,

I know of no reason why the gunpowder treason

Should ever be forgot.


Poder, totalitarismo, opressão, silêncio vs. idealismo, anarquia, liberdade... vingança. Os ingredientes para uma história que, embora situada num futuro pouco provável, pode um dia fazer parte das nossas vidas.

«Passado na paisagem futurista de uma Grã-Bretanha totalitária, "V de Vingança" é a história de Evey, uma jovem que é salva de morte certa por um homem mascarado. Identificando-se apenas como "V", o mascarado revela um carisma incomparável e um talento extraordinário na arte do combate e da astúcia. V desencadeia uma revolução quando insta os compatriotas a lutar contra a tirania e a opressão. Mas ao descobrir a verdade sobre o misterioso passado de V, Evey toma também conhecimento da verdade sobre si própria e emerge como imprevisível aliada de V, no seu plano para devolver a justiça e a liberdade a uma sociedade afligida pela crueldade e a corrupção.»

Apesar de ser uma adaptação da banda-desenhada com o mesmo nome, V for Vendetta é dos poucos filmes sobre política e revolução que vale a pena ver. A personagem V está extremamente bem trabalhada desde o mistério da sua origem aos seus ideais anárquicos e revolucionários. A inspiração dada por Guy Fawkes, não só nos dá uma perspectiva histórica, como também adiciona uma grande dose de realidade sobre toda aquela ficção futurista.

Para quem não conhece, Guy Fawkes foi membro da Gunpowder Plot, um grupo de ingleses que conspirava contra a Coroa Inglesa, e pretendia explodir o Parlamento no dia 5 de Novembro de 1605. Foram apanhados com os explosivos, não conseguindo completar a missão, e de seguida executados, mas nunca esquecidos. No Reino Unido, a noite de 5 de Novembro é celebrada como The Bonfire Night. A tradição é queimar um boneco, que simboliza Guy Fawkes, muito fogo-de-artifício, e recitar as rimas acima.

No filme, V tem como missão acabar o trabalho do conspirador do séc. XVII, abolir o governo no poder e dar liberdade ao povo inglês novamente.

Tocante, motivante e simplesmente brilhante. De 0 a 10, dou-lhe um 9 (isto porque o raio do homem nunca tirou a máscara!), e recomendo a toda a gente.

.abreu.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Preço da tecnologia


«Norte-americanos preferem Internet a amigos ou sexo. Foi publicado um estudo nos EUA onde uma em cada três pessoas afirmou que prefere navegar na Internet em vez de estar com os amigos ou fazer sexo. De acordo com o mesmo estudo, apenas um quinto dos entrevistados responde conseguir passar uma semana ser aceder à Rede.»

Fiquei perplexo a olhar para isto. Não imaginava que tal facto fizesse parte da tão progressiva Humanidade. Mas em que bicho a sociedade se tornou? Desliguem o PC e vão fazer bebés!

Eu até entendo a ironia de estar a escrever sobre este tema através de um blog, mas nunca me passaria pela cabeça trocar uma máquina por uma ida ao cinema ou um passeio pela praia! É a juventude (o que me inclui a mim) que tem de mudar o rumo do progresso, o rumo da Vida! Porque afinal, não são uns quantos bytes que nos abraçam, que nos beijam, e que nos amam...

Sou adepto da globalização, mas se tal comodismo faz parte dela... Não, obrigado.

.abreu.

A Alquimia do Amor

Terminei há uns dias a leitura deste livro fantástico. Confesso que não o devorei com o mesmo entusiasmo com que li Um Momento Inesquecível. Não é tão emotivo, tão apelativo à leitura. Não provocou em mim aquela emoção com uma lagrimazinha no canto do olho.

Admito que a certa altura perdi a vontade de o ler, mas continuei. E fiz eu muito bem, porque o final está qualquer coisa de surreal! Nunca eu imaginei que acabasse assim, fiquei estupefacta e encantada. Conseguiu surpreender-me e subir uns valentes pontos na minha consideração.

Conta a história de um casal, que vive uns difíceis anos de casamento. Falhas por parte do marido, falta de tempo, distracções... Está repleto de déjà vus que remontam ao tempo em que se conheceram, ao tempo de namoro. Chega a uma altura do casamento que o marido abre os olhos, e vê todos os anos que ficaram para trás. O facto de se ter esquecido do aniversário de casamento serviu para tal. É então que começa a engendrar um plano para o aniversário seguinte. Algo que ela nunca vai esquecer. A par disso, uma das suas filhas anuncia que vai casar. (...) Quereis saber o resto? Ide ler o livro.

É um autentico romance, como a grande maioria dos livros de Nicholas Sparks.

* o cisne na capa deste livro tem também uma história interessante. É preciso ter uma mente aberta para interiorizar o que ele é/significa.

Livro de cabeceira: O Segredo do Chocolate, de James Runcie. Segundo Kirkus Reviews: «Uma história sobre paixão, sexo e chocolate; como seria possível não gostar?»


Zuzuuu ^^

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Saudade

Sonhar.

Bom? Mau? Inevitavelmente necessário. Sem sonhos não somos nada. Uma forma de vida nula, neutra. Uma forma de vida morta. Quando dá as mãos com a paixão, então aí, nada pode pará-lo. É a onda que não se faz espuma, a pétala que nunca cai. Intenso, acelerado. É uma bala que parte um vidro, um piano atirado do último andar. Felicidade falsa, é o que é. Mas é felicidade.

Tenho saudades. Do toque que traz euforia. Do Olá que me faz gritar por dentro. Do cruzar de olhares que me treme os joelhos.

Tenho saudades do gostar, do ter um fraquinho, do amor e do amar. Tenho saudades de sonhar.

.abreu.

quinta-feira, 27 de setembro de 2007

The Police

Os miticos The Police voltaram a Portugal após 27 anos. Não fui ver, e invejo quem foi. Mas os preços dos bilhetes não eram nada apelativos. Mas porra, porra, porra, eu queria ter estado lá! Ouvir e ver o Sting e o filho ao vivo, presenciar a cumplicidade que ainda existe na banda após uns tempos de separação.

Portanto, o meu serão foi passado a ver e a ouvir o DVD dos The Police - Synchronicity Concert - e a imaginar que estava no Estádio Nacional, parecia portanto uma atrasada mental - na sala a imaginar que estava no Estádio a ver a banda de Sting, que idiotice.

Porra, não fui, porra, invejo a minha professora de Matemática por ter ido, porra! Pode ter sido a última vez, porra!


* The Police - Don't Stand So Close To Me


Zuzuuu ^^

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Só para alimentar o vício!

No sábado passado, estava eu a efectuar uma das actividades mais desgastantes a nível físico e mental - o zapping - quando paro na FOX life e Nip/Tuck estava quase começar. Publicidade da Betty Feia, das Donas de Casa de Desesperadas e eis se não quando, uma publicidade que ainda não tinha visto... Fox Crime? FX?

Pois é, não cabia em mim de contente quando soube da notícia que a FOX ia expandir-se por mais dois canais! Séries novinhas em folha em solo lusitano, que eu vou devorar com o mesmo vigor que já devoro as outras todas.

Fox Crime, não é difícil de adivinhar a temática do canal, é um exemplo perfeito de como o crime foi banalizado pela televisão - não deixa de ser interessante. FX engloba séries que não se inserem num tema específico.

Outono é tempo de estreias televisivas, e enquanto a 4ª temporada de Anatomia de Grey vem e não vem, sempre dá para passar o tempo.

Para quem tem FUNtastic Life os dois canais começam a sua emissão amanhã, 26 de Setembro! O Abreu e a Zuzu são dois privilegiados e se não estiver atafulhado de trabalhos até acima já tenho programa para a tarde de amanhã!

.abreu.

Somos grandes, mas somos todos.

Só me orgulho de um único e simples facto: sou humano. Nada nem niguém me pode privar disso a não ser que me tire a própria vida.

Frase que me ocorreu num dos meus momentos de contemplação do tecto. Sou da opinião que todos devem reflectir no mínimo uma vez por dia, nem que seja por breves segundos. Esta veio a propósito de um exercício mental, no qual me caracterizava a mim mesmo, e cheguei à pergunta: Serei eu orgulhoso? Aí fez-se luz.

Não é por acaso que o orgulho é um dos setes pecados mortais. Traz problemas, nunca soluções. Sentimento tão próximo da vaidade, que evita o perdão e mergulha na arrogância.

A sociedade em geral é orgulhosa. Há o orgulho na sua nação, na sua cor de pele, na sua sexualidade... mas orgulho em ser humano, e simplesmente humano, não.

Uma linha ténue separa o patriotismo desta temática. A diferença está no seguinte facto: algo me diz que nunca toleraria que alguém vindo do outro lado do mundo se apoderasse do país onde vivo, mas igualmente discordaria da deportação de estrangeiros residentes na casa ao lado.

A necessidade de denominação está na base do preconceito. Heterossexuais, homossexuais, transexuais, negros, brancos... tudo e todos nos tornam exlusivos de um grupo e nada nem ninguém nos engloba a todos em apenas num. Pessoas - nao passamos disso, o resto é palha. Pormenores insignificantes que não influenciam o que somos ou um dia podemos ser.

Ainda existe o tipo de pessoas que se contradiz: querem igualdade e no dia a seguir estão a atravessar a estrada com uma bandeira das cores do arco-íris, de forma a celebrar as suas diferenças. Para mim não faz sentido, mas cada um deve fazer o que acha que está correcto.

Não é minha intenção ferir a susceptibilidade de ninguém, mas a sociedade devia aprender a pensar não nas diferenças que nos separam, mas sim na igualdade que nos une a todos e não deixa ninguém de parte. Os humanos governam o mundo e têm a capacidade de viver por mais de meio século:

Não teremos nós tempo e oportunidade de nos apreciar como espécie que somos e viver pacificamente?

.abreu.