quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

cima ou baixo? p.

Apetece-me fazer escalada. Escalar esta barreira que teima em erguer-se inoportunamente. Inquebrável, impávida e serena, não se deixa afectar. Ou, será que sou eu que não me deixo afectar e construo a barreira?

Atormenta-me, fere-me a alma, cansa-me o corpo. Apesar das mil e uma pestanas, continua lá. Confirma-se, nem tudo o que desejamos acontece. Por mais vezes que o façamos, por mais determinação que empenhemos no desejo, não vale a pena. Está tudo convencionado para ser deste modo, a regra impõe-se e a excepção não é, de todo, uma opção.

'everything's perfect from there.'

talvez, TALVEZ, um dia.

Zuza, no seu dia predilecto da semana

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

perfecto trezentos e cinquenta *

Há pessoas que nos transcendem. Surgem inesperadamente, entram na nossa vida sem pedir licença e o verbo sair passa a não constar do nosso vocabulário. Aprisionamo-las com todas as forças, na prisão da alma, porém, os criminosos somos nós. Vivem numa prisão inconsciente e são felizes assim, enquanto que a felicidade deveria acomodar-se nas nossas mãos. Mas o karma não perdoa e, enquanto tudo fazemos para as aprisionar, esquecemo-nos do verdadeiro objectivo: a felicidade. Ultrapassa o prazer, torna-se necessidade e as vinte e quatro horas do dia não bastam para nos saciar. Vivemos numa correria, caminhando e lutando contra o tempo. O tempo! O grande aliado e o derradeiro culpado da ausência de felicidade. (desculpas) Limita-nos, ata-nos as mãos e prende-nos os movimentos. Como? Existindo. Rouba-nos a felicidade quando na verdade fomos nós que a perdemos há muito. Esquecemo-nos do mais profundo significado de um gesto, de uma palavra ou do simples sorriso vindo directamente da alma sem artinhamas nem falsidades. Esta é a razão por que não as deixamos fugir. Elas oferecem-nos tudo isto de bandeja, e nós, por mais incompreensível que seja, rejeitamos. Não sabemos o significado, não nos recordamos do sabor de tal simplicidade, logo, não nos seduz. Mais eis que ela chega! A Pessoa! A Pessoa com todas as letras maiúsculas possíveis. Aceitamos, devoramos tudo até à mais ínfima particularidade. Não chega, não nos cala a voz, não nos sacia a alma. Ela cresce e nunca nada é suficiente; esperamos todos os dias pela esmola do pobre oferecida com todo o gosto. Sorrimos. Déjá vu, recordamos tudo e nascemos outra vez.

* imagem roubada daqui.

Zuza, (...)

domingo, 20 de janeiro de 2008

Será?

Dúvida, assola-me o espiríto que incessantemente a recusa, num acto de pura cobardia. É inevitável, não é capaz de a impedir. Assola-me, com todas as garras de fora. Torna-me fraco, vulnerável, impotente e minúsculo.

"Será?" Ecoa por todos os cantos do meu corpo. Quase que me dá dores de cabeça. Sim? Não? Não sei, gostava de querer não saber e ter raiva de quem soubesse. Mas não quero é outra coisa. Procuro a resposta em lugares inexistentes, que se vão tornando cada vez mais reais, à medida que eu vou ficando mais fraco, vulnerável, impotente e minúsculo. Sinto? Não sinto? O sentimento é relativo. Por vezes distorce a realidade, levando-nos para um prédio de 200 andares, empurrando-nos da última janela. Algo hei-de eu sentir. A dúvida é o quê.

Um dia vou descobrir. Um dia vou saber se sim, se não. Um dia vou sentir. Um dia vou ser destruído, castigado por ter sentido, por saber a resposta. Mas não me vou importar. Porque no fim, a dúvida vai renascer.


abreu, será?

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Dias.

Dia não. Hoje é um dia não. Mas um dia não diferente de todos os outros dias não. O medo, a desilusão (principalmente esta) e a fraqueza apoderaram-se de mim. Dia não... Shiu, é segredo, ninguém reparou que foi um dia não. Guardei, como sempre guardo, porém, não libertei. Hoje sim, hoje vi tudo como é e não como gostaria que fosse. Caí no meu próprio abismo. Hoje sim, hoje foi um daqueles dias que me enche a memória. Hoje sim, dia não.

*imagem daqui.

Zuza, dia não

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

O tempo foge-me das mãos.

É, foge mesmo. O dia é tão curto, apenas 24 horas e ainda somos obrigados a desperdiçar tempo a dormir. O meu tempo nada rende e quem sofre por tabela é o estimado Blog. Por agora ando a escrever por aqui, o Blog da Lista M. Passem por lá apenas para dar uma espreitadela. Os textos são aplicados à Associação de Estudantes, uma Mudança na nossa Escola, mas sempre com o toque a que estão habituados.

Peço mil desculpas, mas vou tentando arranjando espacinhos para vir cá. E, apesar de não comentar tão frequentemente as vossas relíquias, sempre que posso, lá lhes dou uma espreitadela.

Zuza, ocupadissima

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Non - perfecta.

A perfeição não existe. A beleza das coisas está implícita na imperfeição das mesmas. Mas, se a perfeição não existe não faz qualquer sentido utilizar o termo imperfeição. Em que é que ficamos?

Zuza, divagando

terça-feira, 1 de janeiro de 2008

Dois mil e oito.

Aumento do preço dos transportes públicos? Aumento do preço da água? Aumento do preço do pão? Aumento do preço da electricidade? Aumento do preço da cerveja? Aumento do preço do gás, dos combustíveis, das portagens? Aumento, aumento, aumento... e os salários? Ah, já me esquecia, esses estão destinados à estagnação. Com tantos aumentos ainda têm a lata de nos desejar um 2008 melhor que 2007!

Mas como nem tudo são espinhos: Aumento do preço do tabaco, clap clap clap. Proibição de fumar em locais públicos, faço uma vénia. Finalmente vou poder chegar a casa sem cheirar a tabaco e com os pulmões um pouco menos contaminados! Mais uns anos de vida, iupi!


* Parece que o Engenheiro Sócrates pôs o pé na argola. Fugiu-lhe a boca para a verdade foi o que foi.

Podia ficar aqui a falar nas mortes na estrada, nos comas alcoólicos, nos acidentes, nos excessos de velocidade, nos roubos, etc... mas para todas essas desgraçadas e mais algumas temos a TVI.

Ah, e já agora, um bom ano 2008 dentro do possível.


Zuza, de regresso às aulas. (naaaaaaaaaaao)