segunda-feira, 29 de outubro de 2007

10 Constatações

1ª, Estou mais gorda. O que é mau, acho que chegou a hora de cortar nos chocolates. Aii, que tédio.

2ª, Já estalo os dedos com maior frequência. E vários ao mesmo tempo. É mau, muito mau. Mais tarde, quando me casar, irei querer por uma aliança que me fique justa ao dedo e não posso porque não passa na dobradiça do mesmo.

3ª, Os meus bolos saem sempre bem feitos. E fazem as delicias da casa e arredores.

4ª, Quando nos esquecemos do telemóvel em casa é quando realmente precisamos dele. Irra...

5ª, O ano corre-me bem. Quero, posso e mando. Como dizia o post anterior, trabalho e amor.

6ª, Basta um passo para que o ódio passe a amor. Tenho provas. É fascinante...

7ª, Não faço a mínima ideia do que vestir para uma festa de Halloween. Aceitam-se sugestões que façam uso de métodos caseiros.

8ª, As palmas sabem-nos sempre bem. Melodia para os meus ouvidos...

9ª, Tudo tem um fim. Até mesmo o que parece ser eterno. As promessas, os momentos bem passados... No entanto fica sempre um rasto, duas ou três pegadas. Uma pitada de esperança, um até já, até um dia destes.

10ª, última, e não menos importante. Perdi 30 minutos do meu precioso tempo de estudo de Matemática para escrever este post e fazer a manutenção do blog. Portanto, vou indo que se faz tarde e ouvi dizer que amanhã há teste. Inté!

P.S.1: Ah, parece que o contador já contabilizou mais de 2000 visitas. Ena pá...
P.S.2: Aproxima-se um fim-de-semana prolongado. Iupi!
P.S.3: A 7ª constatação é para ter em atenção.


Zuza, a própria

domingo, 28 de outubro de 2007

Retalhos #2

« - Quantos anos tem? - perguntou o médico.
Aquilo estava a ficar ridículo. Tinha de ajudá-lo. Mesmo que não acreditasse, talvez me achasse pelo menos divertido.
- Acho que devo ter uns trezentos de oitenta e sete anos.
- E conhece mais alguém que tenha chegado a essa idade?
- Só o meu galgo, o Pedro.
- O seu cão?
- Exactamente.
O médico, espantosamente, não parecia surpreso com as minhas afirmações, e eu fiquei impressionado com a calma dele.
- E tem ideia do motivo? - perguntou gentilmente.
- Não sei. Tudo o que sei é que parece que estamos a viajar pelo mundo em busca de amor e chocolate, e que talvez nunca cheguemos a envelhecer ou a ter paz.
- O seu pulso, com certeza, é lento...
- Como a minha vida. Não posso viver como os outros.
- Acha que está condenado a viver eternamente?
- Acho que deve ser isso.
O médico parou um instante, olhando para longe. Virei-me para ver se ele ainda estava a ouvir-me e, finalmente, vi os olhos dele.
A sua concentração e intensidade eram tremendas.
- Só se pode estar preparado para a vida preparando-se para a morte. Se a ameaça de morte é eliminada, então a vida deixa de ter sentido.
- Talvez seja assim para si, mas para mim é doloroso. Já não sei qual é o objectivo da minha busca.
- Sente que está em busca de alguma coisa?
- Foi assim que começou a minha aventura.
- Conte-me a sua história. A busca é importante.
- Pode levar dias, semanas, até anos.
- Por favor - disse o médico - acho que posso ajudá-lo...
- De que maneira?
- Também sou uma espécie de conquistador - continuou solenemente. - Mas as minhas viagens talvez tenham sido para regiões mais longínquas...
- Onde esteve?
- Em toda parte e em lugar nenhum. A minha aventura é a busca dos tesouros da mente.
- Já não aconselho as aventuras - respondi, pensando em todos os transtornos que me causaram.
- Pelo contrário. Acho que devemos enfrentar os nossos medos. Não existe terra mais estranha do que a mente humana.
- E nenhuma tão aterradora.

(...)

- Diga-me - perguntou um dia, - sobre o que sonha?
- Às vezes, não sei se estou a sonhar ou a viver a minha vida - respondi. - Sinto-me como se fosse um homem que teve um sonho no qual sonhava que estava a sonhar.
- Continue.
- Não posso garantir que tudo seja real. Às vezes, sinto que já estive em certos lugares, mas não sei como, quando ou porquê. Fico com a impressão de já ter vivido esta parte da minha vida, mas nada posso fazer para impedir que aconteça novamente.
- Muitas vezes estamos condenados a repetir...
- O que posso fazer? Acredita em mim?
- Acredito que não faz diferença se a sua vida é uma fantasia ou realidade. Ela é real para si.

(...)

- Alguma vez sentiu ter tendências divinas? Que pudesse ser um tipo de super-homem ou uma espécie de Cristo?
- Não, não - respondi. - Está tudo errado. Não é nada disso. Além do mais cheguei à conclusão de que Deus não existe. Como pode existir quando há tento sofrimento sem propósito?
- Concordo - exclamou o médico com entusiasmo, e a nossa conversa foi ficando mais animada. - Deus foi inventado pela civilização como consolo para a esmagadora força da natureza.
- Não podemos tolerar a ideia a nossa extinção - disse eu rapidamente, voltando ao meu assunto. - Então, criamos outro mundo, outro palco para a nossa jornada. Não vemos o universo como ele é, mas como queríamos que ele fosse.
- É a nossa fuga ao caos da história.
- Esperamos por uma vida melhor, para além desta - disse eu.
- Que não existe - disse o médico, com firmeza.
- Não, não acredito que exista, assim como também não creio que exista um criador benevolente agindo sobre o Universo - concordei.
Finalmente, ali estava um homem que me compreendia, e a nossa conversa continuou num ritmo acelerado, como se ali nos fosse permitido expressar o que não podia ser dito sem chocar a refinada sociedade de Viena.
- Deus foi criado para afastar o tormento da morte. Mas se se afasta Deus....
- Ter-se-á que aceitar a morte em troca - disse eu.
- Exactamente - respondeu o médico. - Agora estamos a chegar a algum lado. Pois isso é o que você não consegue fazer. É esse o seu problema, a sua neurose. Você nega-se a aceitar a morte.
- No entanto, acredito realmente que não consigo morrer e que tenho que suportar uma vida miserável, condenado, como o judeu errante, a vaguear pela mundo para sempre.
- Você é um homem fora do comum - comentou o médico.
- Não - afirmei - não sou. Sinto que sou uma pessoa tremendamente comum que por acaso tem um atributo especial. Não me sinto superior às outras pessoas, mas apenas distante delas.
- Por não poder morrer?
- Exactamente. Poderia viver egoistamente, voltado inteiramente para o meu prazer.
- E o que o impede de fazer isso?
- Acho que não se pode levar uma vida exclusivamente hedonística. O prazer passa, morre, mesmo que eu não morra - respondi.
- Mas para outros seres humanos, o prazer parece ser uma corrida impetuosa para a morte.
- Sim - respondi. - É quase como se houvesse pessoas com um instinto para a morte. Porque, sem a vontade de morrer, não há vontade de viver.
- E sem morte não haveria filosofia.
- Então, o que é a felicidade? - perguntei francamente.
- Não sei - disse o médico, à medida que o ritmo da nossa conversa finalmente diminuía.
- Achei que você, que viveu tanto tempo, me pudesse dizer.
- Talvez a arte de viver seja exactamente a compreensão de que um dia vamos morrer.
O médico balançou a cabeça solenemente.
- E isso é parte da nossa felicidade? - perguntou.
- Deve ser - respondi. - Não podemos ser felizes sem a compreensão ou a antecipação da morte.
- Também tenho pensado nessas coisas - disse o médico. - A nossa única satisfação nesta vida não passa de um prazer passageiro. Parecemos amar o efémero. A morte é a única coisa permanente.
Ele levantou-se e caminhou até à janela.
- E já que não temos esperança de um sucesso duradouro - concluiu - precisamos de aprender a viver com o desespero. Mas, diga-me, onde é que encontra consolo?
- Viajo. Aperfeiçoei a arte de fabricar chocolate. Tiro consolo de onde posso.
- Não há nada de errado com o chocolate. Dá muito prazer.
- Faz-me lembrar o meu amor que perdi e que não consigo reencontrar.

(...)

- Todos os sonhos são assim tão claros para si? - perguntei.
- Não, nem todos. E, no seu caso, muitas vezes eles são confusos por causa da longa duração da sua vida e da complexidade das suas lembranças. Mas, diga-me, também deve sentir-se entediado pelo quotidiano já que a sua vida passa tão lentamente, não é?
- Devo confessar que é impossível exprimir o meu tédio. Não é fácil sentir-se vivo quando a vida não tem pressa.
- Então você precisa de trabalhar. Talvez escrever sobre as suas experiências para preservar as suas lembranças e encontrar sentido nelas. Porque a sua tarefa é, certamente, compreender alguma coisa dos enigmas do mundo e tentar contribuir para a sua solução.
Ele tocou a campainha para mandar buscar o meu casaco, porque a lógica da nossa conversa parecia não ter futuro.
- Embora me compadeça de si - o médico consolou-me - só posso sugerir que continue a procurar o sentido da vida.
- Isso não leva a lugar nenhum.
- Não pode viver retroactivamente. Tem que andar para a frente, ocupando o seu lugar no desenvolvimento da nossa espécie, e então, talvez a morte sobrevenha. Precisa de viver tudo o que puder. Viver, comer, amar, sofrer e esperar pela morte.
- Mas eu não posso fazer essas coisas como os outros homens - disse eu, vestindo o casaco.
- Pode.
- Não, não posso. Porque parece que não posso amar e não posso morrer - disse eu, quase a chorar.
O médico confortou-me, colocando um braço em volta dos meus ombros.- Tem a certeza disso? Não se sente mais velho do que era?
- É tão difícil sabe verdadeiramente o que sinto.
Os meus olhos encheram-se de lágrimas.
- Talvez esteja simplesmente destinado a viver a sua vida a um ritmo diferente. O seu sofrimento não é tanto pela eternidade, mas pela lentidão. Você vive sob uma sombra maior do que os outros, mas o fim virá com certeza. Tem que vir.
- Mas o que farei até lá?
- Precisa de trabalhar e amar. Trabalho e amor. São os únicos guias que temos. Sem eles, a mente adoece. »

O Segredo do Chocolate, James Runcie

Zuza, a própria

Sim, em vez de estudar escrevo posts, porquê?

Roer unhas. Mexer e remexer nos cabelos até eles caírem. Inspirar e expirar a um ritmo descontrolado. Riscar folhas com esferográfica. Gritar para a almofada. Pisar os livros. Nervosismo. Irritação. Stress. E depois... alívio.

Odeio épocas de testes.

(bom bom é o feriado e a ponte que se avizinham)


.abreu.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Retalhos #1

Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar

«O Filósofo do rei, quando não tinha que fazer, ia sentar-se ao pé de mim, a ver-me passajar as peúgas dos pajens, e às vezes dava-lhe para filosofar, dizia que todo o homem é uma ilha, eu, como aquilo não era comigo, visto que sou mulher, não lhe dava importância, tu que achas, Que é necessário sair da ilha para ver a ilha, que não nos vemos se não saímos de nós, Se não saímos de nós próprios, queres tu dizer, Não é a mesma coisa.»

José Saramago, Conto da Ilha Desconhecida

Zuza, a própria

Giudizio

Se nós não queremos que venha uma estudante da Sicília para nossa casa, e quando se vai embora temos saudades dela, de quem é a culpa? Do karma, o estúpido do karma.

Odeio-me a mim mesmo por não ter aproveitado ao máximo. Mania que sou anti-social, e depois dá nisto. Apesar de só ter sido uma semana, chegou para abrir horizontes, conhecer outras culturas, hábitos e vidas.

Foi bom, queria mais, mas no fim, só mesmo saudade.

.abreu.

domingo, 21 de outubro de 2007

Non Dejá vú

Há um ano atrás, estava eu por esta altura a comprar castanhas com a minha mãe na praça aqui da zona, ao sábado de manhã, com uma gabardina, botas de borracha e chapéu de chuva aberto. A cada passo punha o pé numa poça de água. O cheiro a castanha assada dançava no ar. E lá ia eu comprar meia dúzia delas.

Este ano, ao sábado de manhã, vou à praia. Torro ao Sol, dou uns dois ou três mergulhos na água e como um gelado.

Assim de repente não me ocorre nada de estranho...

(Peço desculpa por esta ausência, mas esta foi uma semana complicada e atarefada. Para mim foi uma semana de internacionalidade. Portugal, Itália e Alemanha. O meu querido Abreu amanhã fala-vos relativamente a Itália, hoje está a afogar as suas mágoas em Nutella.)

Zuza ^^

quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Parece que alguém quebrou as regras

James Watson, distinguido com o Prémio Nobel da Medicina em 1962, diz que os brancos são mais inteligentes que os negros, aqui.

Não sou racista, mas não acho esta teoria tão descabida como se julga. Se os negros têm geralmente mais atributos físicos que os brancos porque é que os brancos não podem eventualmente ser mais inteligentes?

Convém não generalizar, porque aí é que está o grande problema. Com esta teoria, há sempre tendência a generalizar, mas assim como existem brancos mais fisicamente dotados do que alguns negros, é óbvio que poderão também existir negros mais inteligentes que muitos brancos.

Tem tudo a ver com a origem das duas raças. Não surgiram ambas no mesmo lugar da Terra, não tiveram de sofrer as mesmas adaptações. Foi o rumo que a cultura e os hábitos de cada povo tomou que decidiu, por assim dizer, as capacidades de cada um. E é isso que torna a raça humana tão distinta, a cultura e os hábitos.

Claro que esta teoria vai levantar uma grande polémica, porque com certeza que a raça branca se vai assumir como superior à raça negra (como antigamente).

É politicamente incorrecta esta teoria? É. É totalmente descabida e sem fundamento? Na minha opinião, não.

Relativamente ao ultimo paragrafo, aí sim, já estou em desacordo. Homossexual ou não, tem o direito de viver como todos os outros. É a lei da vida, não somos todos iguais. Se todos gostássemos do amarelo o que seria do verde?


Zuza ^^

domingo, 14 de outubro de 2007

Cinco em um

Porque este foi um mês de estreias, e, como não havia nada para estudar, obviamente não perdi nenhuma. As que mais gostei:

5º Ugly Betty

Possivelmente muita gente tem vontade de me apredejar neste momento por andar aqui a dizer estas coisas. Eu gosto. É divertida, leve e colorida. Spoiler: a Betty não é feia. Alguém se anda a esforçar demasiado para a personagem andar mal vestida, no entanto, há gente bem pior. MAS BEM PIOR. (experimentem ir ao armário com a luz desligada, pelo que vejo na rua, é o que muita gente faz)

A história de uma rapariga latino-americana atrapalhada e feia, mas inteligente e generosa. As lentes enormes e o aparelho nos dentes complicam bastante o seu aspecto, tornando particularmente difícil a sobrevivência no local de trabalho. Betty é secretária numa revista de moda e vive rodeada de pessoas bonitas, que colocam a aparência em primeiro plano.

4º Numb3rs

Confesso que estou um pouco desiludido com esta série. Expectativas demasiado altas dá nisto. O conceito é fenomenal, mas a passagem para o ecrã está um pouco seca e vazia. Mesmo assim, na minha humilde opinião, é boa.

Um dedicado agente do FBI, Don Eppes, é totalmente diferente do seu irmão mais novo, Charlie Eppes, um brilhante matemático que quer impressionar o irmão mais velho. Mas juntos resolvem os mais perturbadores casos criminais, segundo a perspectiva de cada um.

3º Arrested Development

Hilariante. Como pode a ridicularidade de uma família ser tão divertida? Ideia no mínimo original, personagens cativantes e patetas que me colam ao ecrã. Vi 6 episódios seguidinhos e ainda quis mais. (Portia de Rossi no seu melhor - amo aquela mulher)

Michael Bluth é obrigado a ficar em Orange County, para gerir a imobiliária do pai que foi preso. Enquanto George passa um ano na cadeia a descobrir o judaísmo, Michael tem que remendar os estragos da família e educar o filho de 14 anos.

2º Dexter

Arrepiante. Só o genérico me eriçou os pêlos da nuca quanto mais o resto do episódio. Os meus parabéns a Michael C. Hall que faz um excelente trabalho na interpretação de duas personagens tão distintas. (o raio do homem assusta-me quando fica a olhar fixamente para a câmara)

Aparentemente, Dexter é um homem bom e charmoso. Durante o dia, é um especialista de sangue que trabalha na Divisão de Homicídios do Departamento de Polícia de Miami. Mas à noite é um serial killer, que mata aqueles que conseguiram escapar à polícia.

and the winner is...

1º Heroes

Oh My God! Que série... Há muito tempo que não gritava para a televisão quando o episódio acabava e ficava numa deseperada ignorância. A melhor das melhores, sem dúvida.

Várias pessoas, que têm poderes extraordinários, tentam lidar da melhor forma com a condição de super heróis.

E pronto, sei que algumas destas séries já cá passaram, mas como eu tento afastar-me o mais possível da televisão nacional (por razões indicadas nos posts abaixo, entre outras...), não tive a oportunidade de as seguir, facto que vou conseguir agora que passam em canais que de sensacionalistas e idiotas têm muito pouco.

.abreu.

Um dia com a TVI.

10:15 - Você na TV! (Com o mítico par: o machão Manuel Luís Goucha e Cristina Ferreira.)

14:00 - As Tardes da Júlia (Apresentado pela Júlia Pinheiro com histórias mega tristes e comoventes e com aquele cenário super cor-de-rosa.)

17:00 - Quem Quer Ganha (Apresentado por Iva Domingues, e com concorrentes muito dotados de aquilo a que vulgarmente se chama de inteligência.)

18:20 - Morangos com Açúcar (Em que o elenco é composto por actores e actrizes que representam muito bem, nada fúteis, e que dão à historia um desenrolar emocionante e fascinante.)

21:15 - Os Batanetes (Anedotas de grande qualidade capazes de provocar valentes gargalhadas.)

21:45 - Cantando e Dançando por um Casamento de Sonho (Qual Big Brother, qual Quinta das Celebridades, qual Bela e o Mestre. Casamento de Sonho é que é!)

03:15 - Toca a Ganhar (Um programa com uma grande audiência, em que as chamadas são tantas que tem de haver um selecção intensiva. Mas qual Fiel ou Infiel, qual Ab...sexo qual quê? Toca a Ganhar é que é. Um programa em que a apresentadora manda os seus espectadores irem fazer sexo, apesar de uma forma rude.)

...

Como é possível mantermos a nossa (in)sanidade mental quando existe um canal como a TVI que insiste em transmitir programas tão didácticos (cof, cof) como estes? É dose e tem que se lhe diga.

Espero que todos vocês tenham percebido que este post está repleto de ironia, porque afinal Chiquititas, Floribela e Familia SuperStar é que têm aquele toque e aquele timbre especial.

(Repararam como consegui reunir o nome de todos os espectaculares programas da TVI num só post? Como é possivel caber tanta realeza junta? Fica a questão no ar... Se por acaso me esqueci de algum, por favor não hesites em contactar-me. É óbvio que não me pus aqui a enumerar as fenomenais telenovelas de TVI, seria o descalabro total.)


Zuza ^^

Mereceu, pois.

O Mundo está a mudar. Sempre esteve e sempre estará. Somos criaturas de hábitos, no entanto a Vida em si não o é. Está numa mudança constante, num frenesim lento e penoso. No entanto, não sentimos essas mudanças, pois somos criaturas de hábitos. Mas, e se forem os nossos hábitos a criar mudança? A criar ameaças à sua própria existência, ameaças que não sentimos, aliás, ameaças que não queremos sentir? Quem nos vai gritar ao ouvido, atirar-nos com o balde de água fria, se teimamos em virar a cara e fingir que não é nada connosco?


Al Gore.

O único com tomates para dizer ao mundo que a nossa Vida corre perigo. E, por ter acordado tantos milhares, mereceu com todo o mérito possível, o Prémio Nobel da Paz.

Espero que continue o seu excelente trabalho e que sensibilize muitos mais. Não pode parar, pois o Mundo é uma constante mudança...

.abreu.

sábado, 13 de outubro de 2007

Poesias de Cá #1

Deambulando por aí, vou encontrado estas jóias escritas no nosso português, aqui vai a primeira:

A Defesa do Poeta

Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo, um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto

Sou um vestíbulo do impossível, um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim

Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria contente
na maquineta dos felizes

Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei

Senhores professores que pusestes
a prémio a minha rara edição
de raptar-me em criança que salvo
do incêndio da vossa lição

Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis

Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além

Senhores três quatro cinco e sete
que medo vos pôs por ordem?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem?

Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa

Sou uma imprudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
Ó subalimentados do sonho!
a poesia é para comer.

Natália Correia

Dois últimos versos arrepiantes, um tesouro escondido que eu tive o privilégio de descobrir.

.abreu.

sexta-feira, 12 de outubro de 2007

Três Suspiros.

Acho que As Tardes da Júlia até podiam ser um programa aceitável, se não fossem nem à tarde nem com a Júlia Pinheiro. De resto não tenho razão de queixa...

Hoje, na aula de História, tive a ligeira sensação que já ninguém fala da Floribella.

Se tenho pena de alguém no estranho mundo da TVI, é da mulher do Toca a Ganhar. Metade das audiências do programa é gente que se ri na cara da coitada, a outra metade são homens. (o que dá um total de seis pessoas - mais coisa menos coisa)

.abreu.

Então, mas ...

... primeiro a culpa não era dos McCann. Depois as suspeitas recaíram sobre os pais sendo então constituídos arguidos. Para complicar Gerry afinal pode não ser o verdadeiro pai de Maddie, conclusões retiradas dos testes de ADN. Mais tarde o mesmo vem a publico desmentir esta insinuação e dizer que é mesmo pai biológico da menina (tantas certezas, tantas certezas...). Neste momento acreditam que a criança possa ter sido raptada por um pedófilo levando a policia judiciária a lançar a maior operação contra pedófilos já vista no país.

Se eu antes já não percebia muito, então agora não percebo mesmo nada. Espero que as autoridades não estejam como eu, às aranhas.

Anyway, este assunto já enjoa um bocadinho. Pela quantidade de reviravoltas que a investigação já deu, a corda deve estar cheia de nós.


Zuza ^^

quinta-feira, 11 de outubro de 2007

Thinking Blogger Award

Sinto-me como uma mãe que vê o primeiro dente do seu filho a nascer, ou o vê a dar o primeiro passo. Recebemos o nosso primeiro prémio, atribuído pela Calapitcha - Thinking Blogger Award. Desde já obrigada!

\me abre o envelope para anunciar os 5 blog's contemplados com este prémio

(Peço desculpa se vou nomear algum que já tenha sido nomeado, mas não faço a mais pálida ideia de quem é que já possui este prémio!)

- Bucket of Ilusions (Leio, releio, e sonho um dia escrever assim.)
- Simplicidade Complexa (Palavras para quê? Amor em tudo o que é post!)
- Reticências e outros etceteras (Cada post, um segredo.)
- A Psique mudou de ideias (A prova de que uma simples imagem vale muito mais do que mil palavras.)
- O Da Joana (Como não poderia deixar de ser. Ás vezes fecho a página a pensar: como é que alguém pode ser tão criativo?!)

(Os cinco nomeados não têm ordem alguma. É pena que apenas possamos nomear cinco, caso contrário punha aqui mais uma catrefada deles.)

Agora, tu que foste nomeada/o por mim, tens o dever de fazer um post a nomear os próximos 5 contemplados, indicando quem te nomeou (eu, portanto).


Zuzuuu ^^

quarta-feira, 10 de outubro de 2007

Isto é um não-post...

... 100 interesse. É o lixo não-reciclável expelido da minha mente. 100 imagem.

A Bela Adormecida esteve a dormir durante 100 anos até que o Príncipe a despertou. Durante a Idade Média ocorreu a chamada Guerra dos 100 anos. Além dos 100 anos não têm mais nada em comum, mas achei importante referi-lo. Vendo bem não têm mesmo nada em comum. A guerra demorou ao certo 116 anos. Portanto foi uma referência desnecessária e completamente inútil.

100 sentido.

Assim como este post.

Mas, visto a Bela Adormecida ter estado adormecida durante 100 anos, como é que ao fim desses 100 anos ela acorda com o cérebro a funcionar a 100%? E aceita 100 pensar minimamente a proposta de casamento do príncipe? Lá está, não estava bem a 100%. E de uma perspectiva conservadora, o príncipe é um homem 100 vergonha. Beijá-la assim 100 mais nem menos, ainda por cima estando ela a dormir? Estranho.

Estúpido.

Assim como este post.

Adormecida durante 100 anos? 100 anos de solidão? (Foi só para dar uma de inteligente e fazer referencia ao livro de Gabriel Garcia Marquez) Adormeceu aos 16, acordou com 116 e com a jovialidade de uma adolescente? Deve ser para as criancinhas acharem que têm de se deitar cedo e dormir o tempo suficiente para aos 100 anos estarem 100 rugas, 100 precisarem de operações plásticas.

Viciantes. (Que o diga a Betty.)

Assim como este post e o raio do número 100.

Cá para nós, isto é uma forma de persuadir as crianças. Elas acham que vão ficar bonitinhas para sempre. E como se querem deitar cedo, necessitam de uma historia. Então lá vão os pais ler a história do coelhinho que só sabia contar até 100 pela centésima vez, 100 vontade. Ao fim de 100 segundos já a criancinha dorme e a mãe pode ir ter com o seu marido à cama praticar o exercício da noite.

100 flexões e uns 100 dias depois (mais coisa menos coisa) já lá está outro. E o ciclo repete-se centenas de vezes, durante centenas de dias. E em vez de se repetir a história 100 vezes em 100 dias, a mesma é repetida 2 x 100 vezes nos mesmos 100 dias.

Ai, como eu gosto de números. E estou incapaz de parar de escrever. Força Zuza, força!

E a probabilidade de alguém ter chegado até ao fim deste post é quase nula. Até um centavo vale mais do que isto. Se estás a ler isto, provavelmente já estás 100 paciência. Se estás à espera de algo com piada, é melhor moveres o rato até ao canto superior direito da tua janela e carregares no X. Aqui não existem piadas interessantes.

Nem piadas desinteressantes.

100 interesse.

Aproveito para referir que tenho uma pancada por moedas de um cêntimo e faço colecção das mesmas. Quando atingir as 100 moedas venho cá informar-vos.

By the way,100 anos este post nunca teria sentido, aliás, este post não tem sentido, e daqui a 100 anos é pouco provável que venha a ter. Sentido zero, 100% imbecil e fora de contexto. 100 piada.

Acho que vou acabar por aqui. Visto já ter esgotado toda a minha estupidez, cof, uma centésima parte vá. Ela é bem pior que isto.

Portanto, é agora. Não tenho mais nada de racional a dizer.

De irracional também não.

Não.

Nada que seja importante de referir. O mais importante já foi referido: A Bela Adormecida, a Guerra dos 100 anos, os 100 anos de Solidão.

Sim, é agora.

Ponto final.

\me revira os olhos, olha para os pés, assobia, olha para o relógio.

Ok, afinal são dois pontos, alinhados verticalmente: POST 100! (Como se ninguém tivesse percebido ainda!)

Agora sim,

Zuzuuu ^^

terça-feira, 9 de outubro de 2007

Third Act's Finale

É triste. Comovente. Esperançoso. Genial.

Se tivesse sido o final da série, ia logo aos States esquartejar alguém. Mas foi só a terceira temporada que acabou. Grey's Anatomy é de longe a melhor das melhores. Três vivas à tal Shonda Rhimes por se ter lembrado de algo assim.

George e Callie estão no seu melhor: ela é promovida e ambos decidem ter um bebé. Até que os resultados do internato chegam e George é o único a chumbar. Izzie finalmente declara-se a George mas este... nada. Cristina e Burke iam casar, até este perceber que se realmente a amasse nunca lhe obrigaria a passar por tal coisa (no final quando Cristina se apercebe que Burke não volta e entra em desespero está simplesmente fenomenal - Sandra Oh é a cereja no topo do bolo). Karev diz a Ava, ou Rebecca, que deve prosseguir com a sua vida e ficar com o marido, tendo perfeita consciência que está apaixonado por ela. No final arrepende-se mas já é tarde de demais. Shepherd espera, e desespera. Meredith continua indecisa, incapaz de avançar. Nada corre bem para ninguém, e eu quero a quarta temporada rápido ou vou começar a fazer birra.


Gostei de ver uma amostrazinha das novas personagens. Principalmente a que apanhou George de surpresa, e confesso que a mim também. Agora amuei e não vou dizer quem é, vissem o episódio. Não vejo a hora da estreia...

.abreu.

segunda-feira, 8 de outubro de 2007

Gato Fedorento Strikes Again

Fraquinho. De 0 a 10 dou-lhe, 1,75.

1 pelo cromo, perdão, Malta Gira que tentou cantar (?!) sem abrir a boca. Não cheguei a perceber se era suposto ele proferir palavras como as pessoas racionais ou se o objectivo era apenas emitir sons que nem um cavalo, ainda que com um certo ritmo (?!). Sem banda. E com dança.

Abichanada. Será que ele hoje em dia já é um dançarino de sucesso?

Por momentos trouxe-me à memória as Tardes da Júlia e a voz da mesma (*medo*). Foi a única parte do programa em que soltei uma gargalhada (é de salientar que sendo um tesourinho deprimente, não é da autoria do Gato Fedorento, o que lhes tira todo o mérito da minha gargalhada).

Os restantes 0,75 pertencem á Vanessa Fernandes, essa grande tri-atleta portuguesa. Por que não um número inteiro, tipo 1? - Perguntam vocês. Porque lhe faltou ali qualquer coisa.

A piada.

Alguém, para além de mim, reparou num infiltrado a cantar a música final? (O 2º a contar do fim, se não me engano.) Para além do equipamento, algo mais era português ali? Isto era o menos, porque se bem vi, ele abria esporadicamente a boca para emitir alguns grunhidos. Onomatopeias. Sílabas vá. Decorar a letra da musica? Para quê? É tão complicada... Pergunto-me se saberá ao menos falar português. De Portugal.

* Tesourinho Deprimente.


Zuzuuu ^^

domingo, 7 de outubro de 2007

Harry Potter e a Tradução Rasca Feita Por Pessoas Que Percebem Tanto de Traduções Como Eu Percebo da Reprodução de Alforrecas

Quero pôr por escrito a minha oposição à tradução de Deathly Hallows para Talismãs da Morte. Relíquias da Morte faz muito mais sentido, e já nao parecia que o rapaz ia brincar com bijuteria.

Traduções portuguesas são do pior que há. Desde nas legendas do filme Hairspray substituirem "rolecall" por "Bora daí conhecer", até ao filme Knocked Up ser em português Um Azar do Caraças (Oh God...)

Fora isso, mal posso esperar por 16 de Novembro, pois aí já ninguem tem razões para gritar comigo em plena Fnac porque lhes disse como acabava o raio da história!

.abreu.

Os mistérios dos V's

Remember, remember the fifth of November,

The gunpowder, treason and plot,

I know of no reason why the gunpowder treason

Should ever be forgot.


Poder, totalitarismo, opressão, silêncio vs. idealismo, anarquia, liberdade... vingança. Os ingredientes para uma história que, embora situada num futuro pouco provável, pode um dia fazer parte das nossas vidas.

«Passado na paisagem futurista de uma Grã-Bretanha totalitária, "V de Vingança" é a história de Evey, uma jovem que é salva de morte certa por um homem mascarado. Identificando-se apenas como "V", o mascarado revela um carisma incomparável e um talento extraordinário na arte do combate e da astúcia. V desencadeia uma revolução quando insta os compatriotas a lutar contra a tirania e a opressão. Mas ao descobrir a verdade sobre o misterioso passado de V, Evey toma também conhecimento da verdade sobre si própria e emerge como imprevisível aliada de V, no seu plano para devolver a justiça e a liberdade a uma sociedade afligida pela crueldade e a corrupção.»

Apesar de ser uma adaptação da banda-desenhada com o mesmo nome, V for Vendetta é dos poucos filmes sobre política e revolução que vale a pena ver. A personagem V está extremamente bem trabalhada desde o mistério da sua origem aos seus ideais anárquicos e revolucionários. A inspiração dada por Guy Fawkes, não só nos dá uma perspectiva histórica, como também adiciona uma grande dose de realidade sobre toda aquela ficção futurista.

Para quem não conhece, Guy Fawkes foi membro da Gunpowder Plot, um grupo de ingleses que conspirava contra a Coroa Inglesa, e pretendia explodir o Parlamento no dia 5 de Novembro de 1605. Foram apanhados com os explosivos, não conseguindo completar a missão, e de seguida executados, mas nunca esquecidos. No Reino Unido, a noite de 5 de Novembro é celebrada como The Bonfire Night. A tradição é queimar um boneco, que simboliza Guy Fawkes, muito fogo-de-artifício, e recitar as rimas acima.

No filme, V tem como missão acabar o trabalho do conspirador do séc. XVII, abolir o governo no poder e dar liberdade ao povo inglês novamente.

Tocante, motivante e simplesmente brilhante. De 0 a 10, dou-lhe um 9 (isto porque o raio do homem nunca tirou a máscara!), e recomendo a toda a gente.

.abreu.

quinta-feira, 4 de outubro de 2007

Preço da tecnologia


«Norte-americanos preferem Internet a amigos ou sexo. Foi publicado um estudo nos EUA onde uma em cada três pessoas afirmou que prefere navegar na Internet em vez de estar com os amigos ou fazer sexo. De acordo com o mesmo estudo, apenas um quinto dos entrevistados responde conseguir passar uma semana ser aceder à Rede.»

Fiquei perplexo a olhar para isto. Não imaginava que tal facto fizesse parte da tão progressiva Humanidade. Mas em que bicho a sociedade se tornou? Desliguem o PC e vão fazer bebés!

Eu até entendo a ironia de estar a escrever sobre este tema através de um blog, mas nunca me passaria pela cabeça trocar uma máquina por uma ida ao cinema ou um passeio pela praia! É a juventude (o que me inclui a mim) que tem de mudar o rumo do progresso, o rumo da Vida! Porque afinal, não são uns quantos bytes que nos abraçam, que nos beijam, e que nos amam...

Sou adepto da globalização, mas se tal comodismo faz parte dela... Não, obrigado.

.abreu.

A Alquimia do Amor

Terminei há uns dias a leitura deste livro fantástico. Confesso que não o devorei com o mesmo entusiasmo com que li Um Momento Inesquecível. Não é tão emotivo, tão apelativo à leitura. Não provocou em mim aquela emoção com uma lagrimazinha no canto do olho.

Admito que a certa altura perdi a vontade de o ler, mas continuei. E fiz eu muito bem, porque o final está qualquer coisa de surreal! Nunca eu imaginei que acabasse assim, fiquei estupefacta e encantada. Conseguiu surpreender-me e subir uns valentes pontos na minha consideração.

Conta a história de um casal, que vive uns difíceis anos de casamento. Falhas por parte do marido, falta de tempo, distracções... Está repleto de déjà vus que remontam ao tempo em que se conheceram, ao tempo de namoro. Chega a uma altura do casamento que o marido abre os olhos, e vê todos os anos que ficaram para trás. O facto de se ter esquecido do aniversário de casamento serviu para tal. É então que começa a engendrar um plano para o aniversário seguinte. Algo que ela nunca vai esquecer. A par disso, uma das suas filhas anuncia que vai casar. (...) Quereis saber o resto? Ide ler o livro.

É um autentico romance, como a grande maioria dos livros de Nicholas Sparks.

* o cisne na capa deste livro tem também uma história interessante. É preciso ter uma mente aberta para interiorizar o que ele é/significa.

Livro de cabeceira: O Segredo do Chocolate, de James Runcie. Segundo Kirkus Reviews: «Uma história sobre paixão, sexo e chocolate; como seria possível não gostar?»


Zuzuuu ^^

segunda-feira, 1 de outubro de 2007

Saudade

Sonhar.

Bom? Mau? Inevitavelmente necessário. Sem sonhos não somos nada. Uma forma de vida nula, neutra. Uma forma de vida morta. Quando dá as mãos com a paixão, então aí, nada pode pará-lo. É a onda que não se faz espuma, a pétala que nunca cai. Intenso, acelerado. É uma bala que parte um vidro, um piano atirado do último andar. Felicidade falsa, é o que é. Mas é felicidade.

Tenho saudades. Do toque que traz euforia. Do Olá que me faz gritar por dentro. Do cruzar de olhares que me treme os joelhos.

Tenho saudades do gostar, do ter um fraquinho, do amor e do amar. Tenho saudades de sonhar.

.abreu.