Há pessoas que nos transcendem. Surgem inesperadamente, entram na nossa vida sem pedir licença e o verbo sair passa a não constar do nosso vocabulário. Aprisionamo-las com todas as forças, na prisão da alma, porém, os criminosos somos nós. Vivem numa prisão inconsciente e são felizes assim, enquanto que a felicidade deveria acomodar-se nas nossas mãos. Mas o karma não perdoa e, enquanto tudo fazemos para as aprisionar, esquecemo-nos do verdadeiro objectivo: a felicidade. Ultrapassa o prazer, torna-se necessidade e as vinte e quatro horas do dia não bastam para nos saciar. Vivemos numa correria, caminhando e lutando contra o tempo. O tempo! O grande aliado e o derradeiro culpado da ausência de felicidade. (desculpas) Limita-nos, ata-nos as mãos e prende-nos os movimentos. Como? Existindo. Rouba-nos a felicidade quando na verdade fomos nós que a perdemos há muito. Esquecemo-nos do mais profundo significado de um gesto, de uma palavra ou do simples sorriso vindo directamente da alma sem artinhamas nem falsidades. Esta é a razão por que não as deixamos fugir. Elas oferecem-nos tudo isto de bandeja, e nós, por mais incompreensível que seja, rejeitamos. Não sabemos o significado, não nos recordamos do sabor de tal simplicidade, logo, não nos seduz. Mais eis que ela chega! A Pessoa! A Pessoa com todas as letras maiúsculas possíveis. Aceitamos, devoramos tudo até à mais ínfima particularidade. Não chega, não nos cala a voz, não nos sacia a alma. Ela cresce e nunca nada é suficiente; esperamos todos os dias pela esmola do pobre oferecida com todo o gosto. Sorrimos. Déjá vu, recordamos tudo e nascemos outra vez.
* imagem roubada daqui.
Zuza, (...)
3 comentários:
novo look no tasco... tou a curtir, está fixe ;)
Lindo texto! Gostei do novo visual.
gostei bastante do texto :) a última frase, então, caiu perfeita. e o senhor karma já começava a ganhar juízo :$ hihi
beijo grande * :)
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