Posso começar? Se continuaste a ler isto (seu/sua cusco/a), então é porque posso. Vou começar com um "antes de mais".
Antes de mais, olá.
E depois do "antes de mais", o que é quem vem? Vem mais, dah, o que pensavas que era?
O que mais me caracteriza é a minha personalidade... havia de ser o quê? A personalidade é sempre o que mais nos caracteriza. E a seguir, o que é? O nosso auto-retrato escrito para a aula de Português:
Eu chamo-me Carlos e gosto do meu nome!
Fui solicitado a fazer o meu próprio retrato. São neste momento dezoito e cinquenta e vou começar a fazê-lo. Eu chamo-me Carlos, eu gosto do meu nome, é o nome do meu pai. Mas o meu nome não é só este, tenho mais três: sou o Carlos Filipe Casquinho Teixeira, e gosto também do apelido Casquinho.
Eu chamo-me Carlos e gosto do meu nome!
O Carlos tem dois lados, o de cima e o de baixo. Quando o Carlos está no lado de cima, é uma festa, faz as palhaçadas do costume (nem sempre tão alegres quanto isso), está receptivo, atento e interessado, ri-se de tudo, do que tem piada e do que não tem, ri-se sozinho... Quando muda para o lado de baixo, já não fica tão alegre, o seu olhar muda e os seus ombros encolhem como se tivessem frio. O Carlos não gosta do Carlos que está em baixo, mas o Carlos sem o lado de baixo não era o Carlos, não sei o que era, não deve existir…
Bem, são dezanove e vinte e seis, e a inspiração voltou ao Carlos. O Carlos está virado para cima quase sempre, depende do dia. Se estiver SOL e o Carlos puder ir para a praia… Se o Carlos estiver com os amigos a jogar uma ‘suecada’ ou um ‘poquerzito’, nos quais o Carlos está sempre muito concentrado no seu jogo, por fora… mas concentrado no jogo dos outros por dentro! O lado de cima é aprazível para o Carlos, é o lado do qual ele gosta mais, e com certeza o lado para qual os amigos do Carlos queiram que ele esteja virado. Quando está de chuva o Carlos não gosta, quando faz vento e o Carlos está de cabelo molhado, o Carlos fala com o vento, diz assim: “Aiiiiiii… já começa…” O Carlos gosta do seu cabelo e o seu cabelo não gosta de estar despenteado.
(O Carlos está a escrever este texto e está a descobrir que gosta de escrever)
O lado de baixo não diz muito ao Carlos, diz duas palavras: tristeza triste (o Carlos gosta de pleonasmos). De facto, o Carlos só olha para baixo quando está triste, quando a vida lhe corre mal (embora a vida lhe corra quase sempre bem), quando o Sporting perde por muitos, muitos golos... embora o Sporting ganhe sempre (mentira, o Carlos gostava que o Sporting ganhasse sempre, mas não ganha).
São oito horas da noite e a mãe do Carlos está a dizer-lhe que ele ainda não largou o computador desde que chegou a casa. A mãe do Carlos é importante para ele, o Carlos gosta da família que tem.
A vida do Carlos pode resumir-se, mas não caberia aqui, por isso não vale a pena!
Eu chamo-me Carlos e gosto do meu nome!
(espécie de) P.S. – O Carlos está a olhar para cima agora que acabou.
E acabou assim.
(Agora a sério, está bueda fixe! :D)
Casquinho, o primeiro.