A dúvida de súbito torna-se finita. Avisto a luz ao fundo do túnel, tudo vai ficando mais claro. Vejo, finalmente, a prisão onde me encontro. A cela de emoções, com paredes altas e vista para um céu azul, intocável.
Será? Escrevo nas paredes de cimento fresco. As letras ganham vida, ondulam sobre as paredes com o ritmo de batimentos cardíacos. Estão vivas, à procura de mudança.
As paredes movem-se para dentro, fico cada vez mais preso. Tenho vontade de gritar, esbracejar, pedir por socorro, mas não o faço, sei que é em vão. No entanto, por puro masuquismo, as palavras continuam a sussurrar-me durante o sono. Será? Será?
Não. É.
abreu, e tudo pára desde então.
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