quarta-feira, 4 de junho de 2008

o não saber ser.

Quando para nós um mais um dá um, e o resultado é um nós, somos felizes.

Sou feliz e o feliz não gosta do triste, diz que é feio. O triste tenta ser feliz, mas o triste é triste e não é feliz. O triste pensa, pensa e pensa. Destrói, pensa e constrói de novo como se não tivesse destruído. O triste precisa do feliz, mas o feliz não pode estar sempre feliz e às vezes está triste, e o triste não gosta de ter amigos com os mesmos interesses. O amigo do triste é o que o faz sorrir, o que com um sorriso faz sorrir; o que com o possível faz o impossível e dá a conhecer ao outro a maneira como o faz; o que espera por tudo e por nada no meio do deserto, enquanto bebe a água do futuro incerto que o triste lhe traz; o que mostra a palma da mão cicatrizada de tentativas falhadas e de pensamentos inúteis que a lado nenhum o levam, mas que a todo o lado chegam.

É a vida, à espera de um sinal que não vem, mas é esperado.

Casquinho, porque as coisas boas da vida não sou eu que as faço, somos nós.

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