domingo, 31 de agosto de 2008
Codex 632
Eu a História nunca nos demos muito bem. Era uma relação estritamente profissional. Nunca foi do meu agrado. Mas a História, infiltrada num Romance como o Codex 632, até me pareceu aprazível - e olhem que não é fácil.
O facto de todo o enredo girar em torno de Cristóvão Colombo e da época dos Descobrimentos também foi algo a favor do meu deslumbramento pelo livro. Porquê? Ora, porque no meio de tanta história, os Descobrimentos são aquele capítulo que gosto mais (ou desgosto menos, depende da perspectiva). Mas, como já disse, a História e eu não partilhamos gostos, portanto não foi propriamente isso que me atraiu neste livro, mas sim a familiaridade que senti enquanto o lia.
Passo a explicar. O Codex foi escrito pelo nosso jornalista, José Rodrigues dos Santos. Ora, muitas das passagens deste livro desenrolam-se em locais que me são familiares, o que já de si me encanta. Acrescentando a este facto as descrições eloquentes e extremamente detalhadas que o autor nos apresenta, fico com uma enorme vontade de gritar Eu estive ali e aquilo é mesmo assim! Entre passagens pela praia de Carcavelos, pelo Chiado e pela Brasileira, pelo Passeio das Tágides no Parque das Nações, pelo Castelo de S. Jorge, pela Torre de Belém ou pelo Mosteiro dos Jerónimos, aquela que me fez esboçar um enorme sorriso foi a Quinta da Regaleira, que ainda há dias visitei. E, a verdade, é que fiquei a saber bastante mais acerca daquele lugar misterioso do que quando lá pus os pés. Cada pormenor minuciosamente explicado levando-me a acreditar que nada foi feito ao acaso. O próprio autor afirma «É isso, afinal de contas, a Quinta da Regaleira. Um livro esculpido na pedra.» E a verdade é que é também o lugar mais esotérico de Portugal. Sintra é Sintra, mas a Quinta da Regaleira é sem dúvida o melhor.
Mas bem, continuando. Contrastando com o sentimento de familiaridade com que este livro me prendou, experimentei também o querer ir e descobrir o desconhecido. Viajei até Nova Iorque, até ao Brasil, Itália, Jerusalém. Tenho uma vontade enorme de pôr a mala às costas e o livro debaixo do braço e tornar real cada imagem formada na minha imaginação com as fantásticas descrições.
Por fim, mas não menos importante, o facto de existir realmente uma vida, uma família, um casamento e uma filha, Margarida, no meio de tudo isto, dá um ar menos teatral e histórico a todo o enredo. Um outro pormenor que captou a minha atenção foi a doença de Margarida: trissomia 21; isto e todo o frenesim gerado numa família que esperava uma criança dita normal; isto e todas as etapas entre operações e tratamentos, entre explicações e esperanças que acabaram num sono profundo e eterno. «Sonhos cor-de-rosa, minha querida.»
E, no fim do último capítulo, na derradeira página, lendo os parágrafos finais, gera-se todo um novo entender sobre o livro, toda uma nova perspectiva...
Oh se gostei! E muito!
sábado, 30 de agosto de 2008
segunda-feira, 25 de agosto de 2008
Andanças 08
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
保全 西藏 *
*(Save Tibet, chinês)
abreu, this is made in china
quero dizer isto e ninguém me vai impedir
abreu
Mrs. Dalloway said she would buy the flowers herself.
quinta-feira, 21 de agosto de 2008
Blindness
e mais livros!
Codex 632, José Rodrigues dos Santos
A imortalidade e a eterna juventude, o maior desejo daquelas personagens. Julgam-se senhores e senhoras capazes de contrariar as leis da vida. Não me apoquentam os pequenos cuidados mas sim os extremos. Muitos/as não sabem quando parar caindo no ridículo. Olha para o lado, é cada vez mais usual...
Zuza.
dezassete virgula sessenta e sete.
Apesar de tudo o que se tem passado nestes Jogos Olímpicos sim, ligo a televisão todos os dias para os ver e sim, orgulho-me dos nossos atletas. Se por um lado somos motivo de vergonha, ao menos que existam motivos pelos quais podemos festejar.
Zuza.
"Muda de vida se..."
abreu, major changes
segunda-feira, 18 de agosto de 2008
Vanessa Fernandes, iupii.
sexta-feira, 15 de agosto de 2008
Monte da Lua II
Sintra já me habituou a estes pequenos grandes encantos, mas a Regaleira superou todas as minhas expectativas. Desde os túneis subterrâneos sem fim, até ao Palácio com as suas divisões devidamente preservadas, passando pelos lagos e pela capela, tudo me fascinou. Quatro horas a seguir caminhos e a captar momentos e paisagens sublimes, com o mapa e a máquina fotográfica sempre à mão. Só lá faltou a lanterna que teria dado imenso jeito nos túneis.
Ah, e como não poderia deixar de ser, o belo do travesseiro da Piriquita para acabar bem o dia.
Zuza, 'one love, one heart. let's get together and feel all right.' [5]
quarta-feira, 13 de agosto de 2008
terça-feira, 12 de agosto de 2008
fuck, fuck, fuck!
Apesar de parecer calma estou bastante chateada,
Eu mandava o senhor Laurentino Dias para um sítio que eu cá sei.
Zuza, ...
sexta-feira, 8 de agosto de 2008
quinta-feira, 7 de agosto de 2008
Monte da Lua II
Ah, a propósito, da próxima vez que for a Sintra não me posso esquecer de levar um dicionário de espanhol-português-espanhol, para o caso de precisar de perguntar algo a alguém. Português, em Sintra, é coisa que não se fala em Agosto.
Zuza com o éle.
quarta-feira, 6 de agosto de 2008
terça-feira, 5 de agosto de 2008
presente 'mais-que-perfeito'.
Fecho os olhos e viajo no tempo; não para o amanhã, como muitos ingénuos desejam, mas para o ontem. Paro nos dias esfumados da vida, onde apenas há lugar para o pretérito imperfeito, e caminho, pé ante pé, sobre o rio que corre contornando
O tempo corre, e nunca pára; dá passadas largas e velozes. Transforma os aromas, as cores, tudo o que resta do que se esfumou em pequenos rochedos inodoros; rouba-lhes a policromia, reduzindo-os ao simples preto e branco, tal e qual uma fotografia antiga, gasta e rasgada, mas nunca irreconhecível. E, apesar de todas as promessas, de todos os juramentos, no fundo eu sabia que tudo seria assim. Sempre o foi
Sim, é verdade, os rochedos por onde hoje caminho já foram mais que isso. Já tiveram todas as cores do arco-íris, já tiveram formas e feitios, sons e aromas. Já foram vida e liberdade. Hoje, apesar de frios e adormecidos, não são inúteis. Afinal é através deles que consigo caminhar ao longo destas águas incertas, a que vulgarmente chamamos vida.
Zuza.