sexta-feira, 30 de novembro de 2007
Delirium
Cérebro de molho
segunda-feira, 26 de novembro de 2007
Pontos nos i's
# Sabe bem sair de casa e sentir o nariz a congelar. Sabe bem saltar nas poças de água. Sabe bem comprar camisolas de gola alta e utilizá-las com um cachecol. Mas, o que sabe melhor ainda, é ter frio com tudo isso. Sabe bem...
# Existem coisas perfeitas, não existem? A poesia e tudo o que se lhe está associado é uma delas. Noite perfeita, projecto perfeito, espectáculo perfeito. Cada segundo foi perfeito. (quase, vá)
# O tempo passou a correr. As férias de Natal estão quase aí! Já se fala em troca de prendas, cabaz de Natal, árvore de Natal... é o espírito natalício. Ainda ontem era Verão.
# Promessas? Promessas para quê? Mentiras, isso sim, mentiras. Não tolero, são veneno para mim. Caio sempre na mesma armadilha! Aprisiona-me nas suas palavras deixando-me a apodrecer entre memórias e nostalgias. Deve ser o seu passatempo favorito, a ocupação das horas vagas, que, na verdade, poucas ou nenhumas são. Já nem há tempo para promessas, quanto mais para as quebrar. Esgotou-se tudo, ficou apenas vazio. Emigraram para bem longe onde as condições são mais favoráveis e, quando um dia lhe convier, voltará. Quem sabe se não será tarde demais.
# Quem nos rogou uma praga é favor de se acusar e de a desfazer já! Por favor? Anda uma maré de azar cá por casa que é uma coisa doida.
# Leitura de mesa de cabeceira: Monte dos Vendavais de Emily Brontë. Pode-se dizer que vou a meio, mais coisa menos coisa. Recomenda-se aos que gostam de romances.
Zuza, a dar sinais de vida
sábado, 17 de novembro de 2007
Retalhos #4
Só cá faltava mais esta!
sábado, 10 de novembro de 2007
O Outro (censurado por aí)
Sem receios,
Arrasta o teu Mundo para junto de mim
Entrelaça-te,
Acaricia-me,
Formaliza o desejo de mim e de ti.
Vem,
De mente aberta,
Desvendar-te-ei a nossa palavra secreta,
Di-la,
Sussurra-a,
Com a devida emoção,
Saberás a seu tempo expressá-la na perfeição.
Vem,
Tenho sede da tua ousadia,
Partilha comigo esta nostalgia,
Mata-a,
Sacia-me,
Priva-me desta agridoce saudade,
Desta lúgubre realidade.
Vem,
Enquanto é tempo,
Mostra-me o mapa do teu subconsciente,
Perde-te,
Encontra-me,
Aprisiona-me nos teus braços,
Nesta cela de paixão omnipresente.
Ora sim, ora não,
Fazes da espera um sofrimento constante,
Matas-me,
Dá-te prazer,
Sabes que sou tua a qualquer instante.
Não venhas,
É tarde demais,
Destruíste todos os meus rastos de esperança,
Uma,
Duas,
Dezenas de oportunidades,
Desperdiçadas, abandonadas
Como se se tratassem de um brinquedo de criança.
Lamenta-te,
Sente o irónico sopro da felicidade.
Devolve-me a alma,
Devolve-me o corpo,
Devolve-me o eu,
Fica apenas com a simples saudade.
Não venhas,
Pára,
Reduz-te à tua medíocre insignificância,
És o Outro,
Apenas e só o Outro,
Acabou a paciência
* imagem roubada descaradamente daqui.
sexta-feira, 9 de novembro de 2007
Retalhos #3
Eu (em fases impróprias para consumo)
Os teus olhos cravam-se-me na alma isolada
Fazes dela tua serva, tua escrava
Fazes dela uma sereia abandonada
O teu sangue nas minhas veias
Percorre-me com ira e agitação
Sangue gasto, pisado
Vindo do mais puro coração
Os teus ossos nas minhas mãos
Mãos sujas, fracas
Que outrora tentaram matar-te
Olho para ti, olhas para mim
Deitas uma lágrima que me molha a face
Quero que uma linha de sangue em ti se trace
Opostos contraditórios
Espelho meu, espelho meu
Porque somos apenas um?
domingo, 4 de novembro de 2007
Inocência Perdida
Pontos Finais.
sábado, 3 de novembro de 2007
Mais um dedo na ferida.
Superou, de todo, as minhas expectativas. Não vale a pena contar a história porque é do conhecimento de todos ou, pelo menos, deveria ser. Não pensei que estivesse tão fiel, tão explicito e detalhado. É um filme que vai gerar polémica. A actriz Margarida Vila-Nova desempenhou o papel de Sofia (Carolina Salgado), e como boa actriz que é, deixou-me sem palavras quanto à sua actuação. Foi realmente do outro Mundo.
A sensação de ver o filme, ver passagens do mesmo e recordar os telejornais a relatar a agressão deste, a fuga daquele, é arrepiante. Até mesmo a capa do livro, que no fim é editado, é idêntica. A fotografia de Margarida Vila-Nova captou perfeitamente os traços da original. Apenas mudou o título, obviamente. Vejam, vejam que vale a pena.
Gostei particularmente de uma parte no final em que ela pergunta algo do género: «E agora? Agora o que é que eu faço com a minha vida?» (Após a relação se começar a desmoronar.) Ao que ele responde: «Olha, escreve um livro!» E daí surgiu o livro Eu, Sofia.
* na imagem: Nicolau Breyner a representar Pinto da Costa e Margarida Vila-Nova a representar Carolina Salgado.
Eu, Zuza