sexta-feira, 9 de novembro de 2007

Eu (em fases impróprias para consumo)

Olho para ti, olhas para mim
Os teus olhos cravam-se-me na alma isolada
Fazes dela tua serva, tua escrava
Fazes dela uma sereia abandonada

O teu sangue nas minhas veias
Percorre-me com ira e agitação
Sangue gasto, pisado
Vindo do mais puro coração

Os teus ossos nas minhas mãos
Conseguem humanizar-te
Mãos sujas, fracas
Que outrora tentaram matar-te

Olho para ti, olhas para mim
Deitas uma lágrima que me molha a face
Quero sentir-te, magoar-te
Quero que uma linha de sangue em ti se trace

Opostos contraditórios
Eu sou eu, tu és tu
Espelho meu, espelho meu
Porque somos apenas um?

[Coisinhas básicas de amador, parvoíces e afins...]

abreu, a dar um ar da sua graça

1 comentário:

Sofia disse...

noite da poesiaaaaaa
(poema perfeito)