segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Always the hours...

A primeira e última cena são idênticas. O restante, está repleto de emoções fortes e melancolia. Com um elenco fabuloso (Nicole Kidman, Meryl Streep e Julianne Moore) é uma história que não deixa ninguém indiferente, no entanto, difícil de entender.

Três gerações de mulheres são ligadas pela obra-prima literária "Mrs. Dalloway", enfrentando estados de depressão que lhes leva a questionar a vida e a felicidade. Inglaterra, 1923, Virginia Woolf escreve a história enquanto enfrenta as acusações do marido e da família sobre o seu fraco estado mental. Los Angeles, 1951, Laura Brown, uma dona de casa grávida e com um filho pequeno, deveria estar a preparar uma festa para o marido, mas embrenha-se na leitura do livro e simultaneamente pergunta-se se a vida que tem lhe traz felicidade, levando-a a tomar decisões drásticas. Nova Iorque, 2001, Clarissa Vaughan, editora de uma revista, tem a alcunha de Mrs. Dalloway, atibuída pelo seu amigo de longa data Richard. Apesar do seu relacionamento lésbico, a mente e o coração de Clarissa estão em Richard, o seu verdadeiro amor que está a morrer de SIDA.

Com um argumento peculiar, que transporta as emoções para o espectador, As Horas é o drama dos dramas. Para quem ainda não viu, que alugue ou peça emprestado, pois vai deixar uma marca bem profunda nas massas cinzentas.

[a frase que mais me deixou perplexo em toda a película]
Virginia Woolf: "Someone has to die in order that the rest of us should value life more. It's contrast. "
[Alguém tem que morrer para que o resto aprecie um pouco mais da vida. É um contraste.]

(o nariz falso que Nicole Kidman usa para se assemelhar à escritora mais a incrível representação valeu-lhe Óscar de Melhor Actriz. Prémio muito bem merecido, devo acrescentar.)

.abreu.

1 comentário:

Rita disse...

Fiquei tão curiosa :D